Biografia de Monteiro Lobato
Monteiro Lobato era uma criança que adorava ler. Ele nasceu no dia 18 de abril de 1882,em Taubaté, interior de São Paulo e morou com seu avô, o Visconde de Tremembé. Na biblioteca da casa ,ele lia de tudo, revistas ,livros de literatura mundial. Aos nove anos ,resolveu mudar seu nome, de José Renato Monteiro Lobato para José Bento Monteiro Lobato só para usar a bengala de seu pai, porque nela havia as iniciais JBLM gravadas.
Foi da infância em Taubaté que Lobato buscou inspiração para seus livros e da crendice do povo do interior que surgiram personagens como o Saci, Narizinho, tia Nastácia e tantos outros.
Monteiro Lobato começou a escrever aos 14 anos. Seu primeiro livro dedicado ao publico infantil foi Narizinho Arrebitado, onde apresentou, também .Sitio do Pica pau Amarelo, onde tudo acontece.
Narizinho (Monteiro Lobato)
Numa casinha branca, no sítio do pica pau amarelo, mora uma velha de mais de sessenta anos. Chama-se dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminha pensando.
- Que tristeza viver assim tão sozinha nesse deserto...
Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas – Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho, como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena como jambo, gosta de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos.
Na casa ainda existem duas pessoas – tia Nastácia, negra de estimação, que carregou Lúcia em pequena, e Emília, uma boneca de pano bastante desajeitada de corpo. Emília foi feita por tia Nastácia, com olhos de retrós preto e sobrancelhas tão lá em cima que é ver uma bruxa. Apesar disso Narizinho gosta muito dela; não almoça nem janta sem a ter ao lado, nem se deita sem primeiro acomodá-la numa redinha, entre dois pés de cadeira.
Além da boneca, o outro encanto da menina é o Ribeirão que passa pelos fundos do pomar. Suas águas, muito apressadinhas e mexeriqueiras, correm por entre pedras negras de limo, que Lúcia chama as “tias Nastácias do rio”.
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