quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O QUE É ESCOLA

Escola é...
... o lugar que se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é sobretudo, gente
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.

O Diretor é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.

Nada de "ilha cercada de gente por todos os lados"
Nada de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se "amarrar nela"!

Ora é lógico...

Numa escola assim vai ser fácil !
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.
Paulo Freire

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

TEATRINHOS

A TARTARUGA E A LEBRE

Peça teatral infantil

Autora: Ana Alice
Adaptação de fábula de Esopo

Cenário: Floresta

Personagens- A lebre, a tartaruga e a borboleta.

Ato único - Está em cena a borboleta voando chega numa flor cheira, aproxima-se de outra sente seu perfume. Percebe que a cortina se abriu chega perto do público e começa a apresentação.

BORBOLETA:
Eu me chamo Nini
Nini, a borboleta da floresta
Amo as flores, os seus cheiros
Todos os perfumes.
Hoje eu vou contar
Uma história
Do tempo em que os animais
Conversavam com os homens.
E as histórias ensinavam
Como devemos proceder,
Conviver, analisar.
Agora prestem bem atenção
Pra descobrir a moral desta fábula
Que nós vamos contar.
(A borboleta sai voando, entra a tartaruga andando bem devagar)
TARTARUGA: Tô devagar, devagar, devagar, devagar, devagar, devagar. Ai, tô cansada. Eu acho que vou ficar naquela sombrinha ali. Tomar uma água de coco e comer uma cocada. (entra a Lebre correndo, atravessa o palco, esbarra na Tartaruga e prossegue correndo, sai de cena)
TARTARUGA: O que é isso? O que aconteceu? ( entra novamente a Lebre correndo, dá 3 voltas no palco, desce a platéia volta para o palco dá nova volta no palco, sai de cena, esbarra na Tartaruga) Gente, o que é isso? Será que foi um foguete? Um raio?
Não posso nem ficar tranqüila na minha calma de todos os dias. Tirar um soninho na sombra. Mas não tem problema não, vou tirar uma pestana. Ah... (balbucia, a Lebre entra e ri da Tartaruga)
LEBRE: Ah, ah, ah!!!!
TARTARUGA: Tá rindo de quê?
LEBRE: De um bicho gordo, desengonçado, lerdo...
TARTARUGA: ( A Tartaruga ri também) Que bicho é esse?
LEBRE: Você. (rindo)
TARTARUGA: (desperta da gozação) Que é isso? Mais respeito, mais respeito! Eu não sou da sua idade.
LEBRE: É mesmo... Eu sou mais nova que você.
TARTARUGA: Bem... eu também não sou tão velha assim.
LEBRE: Quantos anos você tem?
TARTARUGA: Eu sou uma jovem tartaruga.
LEBRE: Tudo bem. Então me diga, quantos anos você tem?
TARTARUGA: Ora, você acha que eu tenho que idade?
LEBRE: Dez anos.
TARTARUGA: Eu pareço ter dez anos!!!!!!!!!!!!!!!!!! Obrigada, muito obrigada!!!!!!!!!!
LEBRE: Uma lebre com dez anos tá muito velha.
TARTARUGA: Mas uma tartaruga com dez anos é jovem, muito jovem.
LEBRE: Onde já se viu? Uma lebre é uma lebre, uma tartaruga é uma tartaruga.
TARTARUGA: Você sabia que uma tartaruga vive 200 anos?
LEBRE: Tudo isso?!
TARTARUGA: É duzentos anos.
LEBRE: Eu tenho dois anos.
TARTARUGA: Dois?! (ri) Parece ter trezentos anos.
LEBRE: Está me chamando de velhinha?
TARTARUGA: Não!!!!!!!!! Você é apenas uma lebrinha chata.
LEBRE: Eu sou uma lebrinha chata e você...
TARTARUGA: Pode falar.
LEBRE: Você é uma tartaruga muiiiiiiiiiiiito velha.
TARTARUGA: Eu, velha?! Fique sabendo que só tenho cento e vinte cinco anos. (a Lebre cai dura para trás) Lebre, Lebre!!!!!!!!!! O que aconteceu?
LEBRE: Socorro!!!!! Um fantasma!!!!!!
TARTARUGA: Onde está o fantasma?
LEBRE: Aqui. (aponta para a Tartaruga)
TARTARUGA: Você está me chamando de fantasma?
LEBRE: Não... (debochado) Cento e vinte cinco.
TARTARUGA: Eu sabia que você iria zombar de mim.
LEBRE: Eu!? Ninguém me entende.
TARTARUGA: Fique sabendo que acompanhei os passos de muita gente importante.
LEBRE: Passos?! Que passos?
TARTARUGA: Eu sou uma testemunha viva da história. (orgulhosa)
LEBRE: Você é testemunha da história?!
TARTARUGA: Você já ouviu falar em Olavo Bilac?
LEBRE: Olavo de quê?
TARTARUGA: Foi um poeta . Eu o conheci. Ele passeava na praia, tranqüilo, calmo, a pensar...
LEBRE: Ah...
TARTARUGA: Um gênio.
LEBRE: Como você sabe disso?
TARTARUGA: Eu decorei todos os versos dele. O máximo!!!!!! ( extasiada)
LEBRE: Decorou?!
TARTARUGA: Sim, decorei. Quer ver? ( enche os pulmões de ar e começa a recitar Via Láctea de Olavo Bilac)
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" Eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E ao vir do sol saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direi agora!" Tresloucado amigo!
Que conversas com ela? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

Eu vos direi, Amai para entendê-las
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender as estrelas".
(No final as poesia emocionada) Gostou?
LEBRE: É... é... é...
TARTARUGA: Pode falar, é o máximo!!!!!!!!!!!
LEBRE: Eu não entendi nada.
TARTARUGA: Como não entendeu?
LEBRE: Tudo é muito... difícil.
TARTARUGA: Como muito difícil?! Olavo Bilac
LEBRE: Claro que é muito difícil.
TARTARUGA: Você precisa estudar...
LEBRE: Eu estudo, está pensando o quê? Que eu sou um ser que não sabe nada!
TARTARUGA: Eu não quis te ofender.
LEBRE: Fique sabendo, eu também sei recitar.
TARTARUGA: Que bom! Eu adoro ouvir versos.
LEBRE: Então vai lá.
Água mole em pedra dura
Tanto bate que fica tudo molhado.
TARTARUGA: Acabou?
LEBRE: Aplausos! Aplausos!
TARTARUGA: Peraí! Isto nem é poesia.
LEBRE: Como não?! Você não se emocionou? Me deu até um arrepio na pele. Veja, veja! (mostra-lhe o braço)
TARTARUGA: Uh... Você conhece outra?
LEBRE: Evidente. Vamos lá! Dj som na caixa!
Em cima daquele morro,
Passa boi passa boiada,
Passa tanto boi malhado
Que o chão fica todo... ( a Tartaruga tapa a boca da Lebre)
TARTTARUGA: Que é isso! Que vergonha! Toma juízo menina, eu sou uma senhora!
LEBRE: E o que tem demais!
TARTAEUGA: Que tem demais?! Você quase falou uma besteira.
LEBRE: Que besteira, eu só ia terminar o verso.
TARTARUGA: Ia falar uma besteira sim. Onde já se viu? Rimar boi malhado com...
LEBRE: Com estrelado. Eu ia dizer que o chão ficava todo estrelado.
(a Tartaruga fica sem graça)
TARTARUGA: Verdade?
LEBRE: É claro que é verdade.
TARTARUGA: Então me desculpe.
LEBRE: Só porque sou novinha você acha que eu minto?!
TARTARUGA: Não!!! Você vai me desculpar?
LEBRE: Vou.
TARTARUGA: Ah, que alívio! Senão eu ficaria com a consciência pesada.
LEBRE: Só a consciência, não. Você é toda pesada.
TARTARUGA: Está me chamando de gorda, por acaso?
LEBRE: Não!!!!!!!!!! Digamos assim... Você está um pouco acima do peso.
TARTARUGA: Você acha? Será que eu tenho algum pneuzinho?
LEBRE: Não... ( para o público) Tem pneu de caminhão.
TARTARUGA: Eu acho tão feio aquelas barrigas cheia de pneus.
LEBRE: É... mas eu tenho uma maneira muito boa para emagrecer.
TARTARUGA: Como?
LEBRE: Tartaruga, porque você não faz uma ginástica?
TARTARUGA: O quê? Ginástica?! O que é isso?
LEBRE: Você está me vendo. Não sou bonita?
TARTARUGA: Claro que você é.
LEBRE: Pois é muito fácil manter o corpinho assim, basta fazer ginástica.
TARTARUGA: Você me ensina?
LEBRE: Claro, claro. Primeiro tem que fazer o aquecimento.
TARTARUGA: Aquecimento? O que é isso?
LEBRE: Aquecer os músculos.
TARTARUGA: Ah...
LEBRE: Então vamos lá. Pulando corda. (a Lebre entrega uma corda a Tartaruga para ela pular) Então vamos lá. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez. Novamente vamos lá! ( a Tartaruga mal consegue dá os primeiros pulinhos) É isso aí! Muito bem!
TARTARUGA: Chega! Chega pelo amor de Deus!
LEBRE: Nós nem começamos.
TARTARUGA: Eu estou morta!
LEBRE: Que nada está muito viva. Vivinha da silva.
TARTARUGA: Eu vou dá um ataque.
LEBRE: Como você quer ficar mais magra se não quer fazer ginástica?
TARTARUGA: Eu não preciso emagrecer.
LEBRE: Como não precisa emagrecer?
TARTARUGA: Toda a minha família é assim... fofinha.
LEBRE: Fofinha?!
TARTARUGA: É, minha tia avó tinha assim uns... (pensando) duzentos e cinqüenta quilos.
LEBRE: Duzentos e cinqüenta!!!!!!!!!!! Ela era muito fofinha!!!!!!! (debochando)
TARTARUGA: E olha que ela nadava feito um lambari.
LEBRE: Não seria melhor dizer que era parecido como ... uma baleia?
TARTARUGA: Você está zombando de minha tia?
LEBRE: Que nada! Quem sou eu para zombar da rainha dos sete mares.
TARTARUGA: Você chamou minha tia novamente de baleia! Ela não é uma baleia. Ela é uma tartaruga! ( reclama)
LEBRE: Eu sei, claro que eu sei.
TARTARUGA: Você não pode zombar de minha família!
LEBRE: Está certo, está certo!
TARTARUGA: A minha família tem lá uns quilinhos a mais, mas tem as orelhas bem pequenas.
LEBRE: Peraí, você está chamando a minha família de orelhuda?
TARTARUGA: E não são?
LEBRE: Ofensa, você ofendeu a minha família!
TARTARUGA: E o que são esses pares pontudos juntos a sua cabeça?
LEBRE: São minhas... ( a Tartaruga ri) Tá rindo de quê?
TARTARUGA: Só estou esperando a confirmação.
LEBRE: É muito melhor ter duas orelhas de abano do que não ter nenhuma. Cadê suas orelhas, sua cascuda?
TARTARUGA: Êpa! Não comece com provocações!!!!!!!!!
LEBRE: Quem começou foi você!
TARTARUGA: Eu não estou ouvindo isso.
LEBRE: Claro, falta-lhe as orelhas.
TARTARUGA: Êpa!!!!!!!! Vou acabar fazendo uma besteira! (entra a Borboleta)
BORBOLETA: Bom dia! Que belo dia!
TARTARUGA: E se você pensa que essas orelhas são bonitas, vou dizer uma coisa, elas são horríveis! ( para a Lebre)
BORBOLETA: Que orelhas, eu não tenho orelhas?!
LEBRE: É... Então você poderia fundar o M.S.O. ! ( para a Tartaruga)
TARTARUGA E BORBOLETA: O que é M.S.O ?
LEBRE: Movimento dos Sem Orelhas. ( a Borboleta fica triste e ninguém percebe)
TARTARUGA: Sua mãe deveria ensinar a respeitar os mais velhos.
LEBRE: Bem... ela me ensinou a respeitar os mais velhos, mas você é uma múmia.
TARTARUGA: Eu, múmia?! Vou chamar tua mãe pra falar com ela. ( a Tartaruga percebe a Borboleta num canto) Oi Borboleta, você está vendo como essa Lebre é má educada.
LEBRE: Não sou eu que sou má educada. Você é que provoca.
BORBOLETA: Vocês acham que eu sou assim... tão feia!!!
TARTARUGA E LEBRE: Não!!!!!!!!
BORBOLETA: Só porque as minhas orelhinhas são tão pequenas que nem se percebem...
TARTARUGA: Ah, desculpem a nossa estupidez. Eu estava falando do orelhão ambulante.
LEBRE: Ainda bem que sou orelhão ambulante, pior seria se eu tivesse um casco sujo nas costas o tempo todo.
TARTARUGA: Quem tem casco sujo nas costas?
LEBRE: Você!!! ( a Tartaruga se enfurece)
TARTARUGA: Fique sabendo que eu lavo meu casco uma vez por mês!
LEBRE: Ai!!!!!! Socorro!!!!!!! Tem um bicho imundo aqui perto!
TARTARUGA: Onde? Onde? Onde? ( a Lebre posiciona a Tartaruga em sua frente)
LEBRE: Ela está aqui, na minha frente.
TARTARUGA: Sua Lebre atrevida!
LEBRE: Era por isso que estava com cheiro de podre por aqui.
BORBOLETA: Parem com isso! Vocês são dois animais da floresta. Não devem brigar.
TARTARUGA E LEBRE: ( apontam um para o outro) Foi ela quem começou!!!
BORBOLETA: Está bom. Agora vocês vão pedir desculpa uma a outra. ( a Tartaruga e a Lebre se dão as costas)
TARTARUGA: Só se ela pedir primeiro.
LEBRE: Só peço desculpa se ela pedir primeiro.
BORBOLETA: Vocês não podem ficar assim. Têm que fazer as pazes.
LEBRE: Fazer as pazes, como?! Se esse ser não me deixa ficar em paz.
TARTARUGA: Essa Lebre fica o tempo todo me atormetando.
BORBOLETA: E o que ela fez?
TARTARUGA: Ela zombou de minha idade.
BORBOLETA: Lebre, você zombou da idade da Tartaruga?
LEBRE: Eu não.
TARTARUGA: Só porque eu tenho cento e vinte cinco anos ela ficou caçoando de mim.
BORBOLETA: Cento e vinte cinco anos!!! ( espanta-se) Mas nem é tanto tempo assim!
TARTARUGA: Ela me chamou de gorda. Você acha que eu estou gorda?!
LEBRE: Eu quis ensiná-la a fazer ginástica, mas a Tartaruga...
TARTARUGA: Eu não consigo seguir o ritmo.
BORBOLETA: Ora, ora... só por esse motivo que vocês estão brigando? Vamos lá! Façam as pazes!
LEBRE: Eu não.
TARTARUGA: Eu também não quero.
LEBRE: Ela me chamou de orelhuda.
TARTARUGA: E me chamou de sem orelha.
LEBRE: As minhas orelhas são lindas! Isso deve ser inveja.
TARTARUGA: Inveja?! Ah, ah, ah !!!! Quero morrer verde se te invejo!
LEBRE: E que cor é essa? Rosa choque?
TARTARUGA: Veja bem, como ela me trata.
BORBOLETA: Lebre, trate melhor a Tartaruga.
LEBRE: Eu trato ela muito bem.
BORBOLETA: Então está tudo muito bem. Vamos fazer as pazes.
TARTARUGA E LEBRE: Não!!!!!!!!!!!!!!!!
BORBOLETA: Mas porque não? Vocês são assim tão ... parecidas!
TARTARUGA: Como parecidas?
LEBRE: Eu parecida com isso?
TARTARUGA: Quem é isso?
BORBOLETA: Vamos acabar com essas briguinhas. Veja bem, eu e Seu Besouro vivemos tão bem. O Besouro só veste preto. Eu sou colorida. Ele voa e faz um barulho esquisito. Eu sou silenciosa, bonita e...
TARTARUGA: ... vaidosa. Mas isso não é defeito. Agora eu sei que sou ...
LEBRE: ...cascuda, mal cheirosa, molenga.
TARTARUGA: Eu molenga?! Pois fique sabendo que faço cem metros nadando em poucos segundos.
LEBRE: Ah, ah, ah!!!!!!
BORBOLETA: Isso mesmo! A Tartaruga é excelente nadadora.
LEBRE: Como um bicho tão lento em terra pode ser tão rápido na água?
BORBOLETA: Porque ela é um animal anfíbio, isso é ela vive na terra e na água.
TARTARUGA: Viu só, seu filhotinho mal educado. Eu sou campeã de nadação.
LEBRE: E eu sou campeã de corrida na terra.
TARTARUGA: Mentira!
LEBRE: Verdade!
BORBOLETA: É verdade Tartaruga. A Lebre é um foguetinho.
TARTARUGA: Por isso que ela tem esse rabo cotó.
LEBRE: Rabo cotó?! Eu tenho rabo cotó! Você que tem um rabo que parece um chifre. É por isso que você não senta.
TARTARUGA: Borboleta, eu não respondo por mim, se ela continuar a me provocar.
BORBOLETA: Parem de provocar uma e outra. Vocês não querem ser amigas?
TARTARUGA E LEBRE: Não!!!!!!!!
BORBOLETA: Ah, isso não pode acontecer! Nós fazemos parte de um grupo de animais que conseguem vivem muito bem juntos. Por que vocês esquecem tudo e passam a viver sem provocações. ( silêncio) E então? Que vocês acham da idéia.
TARTARUGA: Só se a Lebre não me provocar mais.
BORBOLETA: Isso é muito bom. Já deram o primeiro passo. E então Lebre, o que você acha?
LEBRE: Nada de provocações, certo?
BORBOLETA: Certo.
LEBRE: Nenhumazinha?
BORBOLETA: Nada, nadinha, nadinha.
LEBRE: ( a Lebre dá uns passos pelo palco, olha a Tartaruga) Bem... eu topo, mas a Tartaruga não pode me provocar.
BORBOLETA: Que bom! Agora podemos comemorar.
TARTARUGA: Eu tenho uma idéia.
LEBRE: Engraçado, eu também tenho uma.
TARTARUGA: Por favor, fale de sua idéia primeiro.
LEBRE: Não, por nossa amizade, dou-lhe a vez.
TARTARUGA: Oh, quanta sensibilidade! Mas eu faço questão, você primeiro.
LEBRE: Não, a vez é sua.
TARTARUGA: Com certeza, essa é a sua vez.
BORBOLETA: (cortando a fala da lebre) Vamos comemorar.
TARTARUGA: Isso mesmo, vamos comemorar.
BORBOLETA: Dj som na caixa.
TARTARUGA: Tem Vicente Celestino. Adoro Vicente Celestino.
LEBRE: (olha para a Borboleta ) Minha querida Tartaruga, eu acho que esse tal de Vicente Celestino é muito ... antigo. Gostaria de ouvir um som mais moderno.
TARTARUGA: Ah, que bom! Eu sabia que a gente ia se entender.
BORBOLETA: É tão bom ver vocês se entendendo.
TARTARUGA: E que música você pretende ouvir?
LEBRE: Algo que faça remexer o esqueleto.
BORBOLETA: Que interessante!
TARTARUGA: Já sei, Chiquinha Gonzaga.
"Ô abre alas que eu quero passar..."
LEBRE: Que nada! Pra mim tem que ser funkão.
"Minha eguinha Pocotó
Pocotó, Pocotó, Pocotó, Pocotó
Minha égüinha Pocotó..."
TARTARUGA: Eu não agüento mais! Eu não aguento mais!
LEBRE: O que aconteceu?
TARTARUGA: Não dá pra suportar mais.
LEBRE: Eu também não aguento mais.
TARTARUGA: E pensar que eu tenho que ter paciência com essa... essa...
LEBRE: Essa velha coroca.
TARTARUGA: Quem é velha coroca?
LEBRE: A única que tem cento e vinte cinco anos.
TARTARUGA: ( para a Borboleta) Ela está me chamando de velha coroca!
BORBOLETA: Parem!!!!!!!!!!!! (grita) Chega! Chega! Chega! Não quero que dois animais dessa bela floresta discutam mais!!!!
TARTARUGA: Só se ela parar.
LEBRE: Se ela parar.
BORBOLETA: Vocês são tão bonitinhas!!!! ( abraça as duas) Vamos fazer uma coisa... eu vou chamar o compadre macaco e vamos fazer uma festa. Que tal?
TARTARUGA: Aquele macaco que gosta de colocar apelido em todo mundo? De jeito nenhum! Ainda mais ele já criou muitos problemas para mim.
LEBRE: O macaco é demais!!!!!!! Ele adora dançar, o maior barato!!!
BORBOLETA: Nós temos que encontrar um denominador comum. Alguma coisa que as duas gostem de fazer.
TARTARUGA: Eu adoro nadar.
LEBRE: Se eu cair numa bacia eu me afogo.
TARTARUGA: Eu sei cantar.
LEBRE: Já ouvir. Canta pior que uma serra elétrica.
TARTARUGA: Já começou as provocações!
BORBOLETA: Lebre, lebrinha, colabore.
LEBRE: Eu adoro dançar. (Tartaruga segura o riso) Que foi? Falei alguma palhaçada?
TARTARUGA: Aquilo é dança? Pensei que você estivesse com dor de barriga.
LEBRE: Olha a provocação!!!!!! Ela está provocando!!!
BORBOLETA: Por favor, por favor!!!! Parem com essas besteiras!
TARTARUGA: Eu já parei.
LEBRE: Eu também.
BORBOLETA: Não vão brigar.
TARTARUGA E LEBRE: Com certeza. ( irônicos)
BORBOLETA: Então deêem um aperto de mão e se abracem feito duas damas.
TARTARUGA: ( falsamente) Minha querida.
LEBRE: Meu amoreco. ( se abraçam e se beijam esboçando a maior falsidade)
BORBOLETA: Que bom que tudo está em paz. Para celebrar vamos tomar um chá. ( a Borboleta sai nesse instante a Tartaruga e a Lebre demonstram seus desacordos através de gestos) Demorei muito?
LEBRE: Não, um nadinha.
BORBOLETA: Fiz um chá de hortelã. O que vocês estão achando?
TARTARUGA: Uma delícia.
LEBRE: Maravilhoso. (bebem o chá)
BORBOLETA: Agora eu vou para a minha casa.
LEBRE: E onde fica a sua casa?
BORBOLETA: Fica num belo jardim, cheio de flores de todas as cores. Passo o dia todo saboreando o néctar e sentindo o seu perfume.
TARTARUGA: O meu lar é o oceano, voltarei para o mar e nadarei milhares de léguas. O fundo do mar é lindo, milhares de corais, recifes, montanhas marinhas. Um espetáculo!
BORBOLETA: E como é a sua casa?
LEBRE: Bem... vamos mudar de conversa.
TARTARUGA: Ah, eu faço questão de saber, onde a queridinha mora.
BORBOLETA: É longe daqui?
LEBRE: Não. (tímidamente)
TARTARUGA: Quer fazer charminho. Diga logo, onde fica sua casa?
LEBRE: ( baixinho) Num buraco.
TARTARUGA: Não ouvi. Onde mesmo?
LEBRE: Num buraco.
TARTARUGA: Fale mais alto.
LEBRE: Eu moro num buraco. Buraco. ( fala alto)
TARTARUGA: E sua casa é grande?
BORBOLETA: ( tentando cortar o assunto) Mas o dia hoje está tão bonito!
TARTARUGA: E como é mesmo a sua casa?
LEBRE: É um buraco debaixo da terra.
TARTARUGA: Eu pensava que só os vermes faziam toca debaixo da terra! Que estupidez a minha!
LEBRE: Sua velha coroca, não fique zombando de minha casa!
TARTARUGA: Eu não estou zombando de sua casa, estou constatando que você pertence ao grupo de animais inferiores.
LEBRE: Quem é animal inferior?
BORBOLETA: Por favor, não briguem, não briguem!!
LEBRE: Isso aí é que provoca.
TARTARUGA: Você o tempo todo me chateou, agora já sei o seu ponto fraco.
BORBOLETA: Vamos parar com essa discussão! Tartaruga, eu sei que você não gosta de ser chamada de velha coroca.
TARTARUGA: Isso mesmo.
BORBOLETA: Lebre, você não gosta de falar sobre a sua casa.
LEBRE: Certo, embora a minha casa é muito quentinha e confortável.
BORBOLETA: Você gosta dela?
LEBRE: Gosto.
BORBOLETA: Isso é que importa. A Tartaruga não se sente velha e você acha que sua residência é boa.
TARTARUGA: Eu me sinto uma... mocinha.
LEBRE: ( ri) Se você é uma mocinha eu sou um ovo.
BORBOLETA: Vai começar novamente?
TARTARUGA: Você vê que não há condições de conversar com a Lebre. Ela me ridiculariza o tempo todo.
BORBOLETA: Vocês têm que ter paciência uma com a outra.
LEBRE: Como posso ter paciência com um bicho que se acha um neném e está caindo aos pedaços?
TARTARUGA: Quem está caindo aos pedaços?
LEBRE: Uma senhora com mais de cem anos.
TARTARUGA: Eu não vou aceitar essa desfeita.
LEBRE: Nem eu.
BORBOLRTA: Vamos acabar definitivamente com essa discussão.
LEBRE: Isso mesmo.
TARTARUGA: Não estou acabada, posso ser lenta, mas não estou acabada.
LEBRE: Lenta?! Você não é lenta. Qualquer lesma é igual a um foguete ao seu lado.
TARTARUGA: Eu aposto.
LEBRE: Aposto o quê.
TARTARUGA: Que eu te venço numa corrida.
LEBRE: Você está maluca! É claro que te venço.
TARTARUGA: Vamos ver.
BORBOLETA: Estão dispostas mesmo a competir?
TARTARUGA E LEBRE: Com certeza.
BORBOLETA: Então vamos preparar a corrida. Eu serei a juíza da disputa.
TARTARUGA: Certo.
BORBOLETA: Vamos começar daqui. É só percorrer essa distância no menor tempo. Correto?
LEBRE: Ah, ah, ah!!!!!!! Que coisa ridícula!
BORBOLETA: Então vamos começar. Preparar. ( a Tartaruga e a Lebre vão para a linha de largada e se colocam em posição) Já!!!!!!!! ( dá a partida, a Tartaruga sai lentamente, a Lebre corre rapidamente e logo chega a linha de chegada, mas não a ultrapassa)
LEBRE: Ai, como estou cansada, vou passear um pouco. ( a Lebre retorna passeia pelo palco, dança, faz pirueta) Acho que vou tirar uma soneca. ( se encosta numa poltrona do teatro ou no chão do palco e dorme, aos pouco a Tartaruga chega a linha de chegada, nesse instante a Lebre acorda)
LEBRE: O que é aquilo a Tartaruga vai ganhar a corrida! Tenho que correr!
( a Tartaruga dá mais um passo e vence)
BORBOLETA: A vencedora, a Tartaruga!!!
LEBRE: Não pode, não pode, eu sou mais rápida!
BORBOLETA: Mas você não seguiu as regras do jogo.
TARTARUGA: Eu sou o animal mais rápido da floresta!
BORBOLETA: Agora, Lebrinha você aprendeu que se deve respeitar a todos, sem distinção de idade. Dona Tartaruga também deve que ter mais paciência com os mais novos. Todos devem respeitar mutuamente, sem se importar com diferenças. De hoje em diante a Tartaruga e a Lebre vão se respeitar e serão amigas para sempre.

domingo, 25 de janeiro de 2009

FÁBULAS




A Galinha Ruiva

Era uma vez uma galinha ruiva, que morava com seus pintinhos numa fazenda.
Um dia ela encontrou umas espigas de milho e pensou que se o semeasse e quando estivesse maduro, pronto para colher, podia virar um bom alimento.
A galinha ruiva teve a idéia de fazer um delicioso pão de milho. Todos iam gostar!
Era muito trabalho: ela precisava de bastante milho para o pão.
Quem podia ajudar a semear o milho?
Quem podia ajudar a colher a espiga de milho no pé?
Quem podia ajudar a debulhar todo aquele milho?
Quem podia ajudar a moer o milho para fazer a farinha de milho para o pão?
Foi pensando nisso que a galinha ruiva encontrou seus amigos:
- Quem pode me ajudar a semear o milho para fazer um delicioso pão?
- Eu não, disse o gato. Estou com muito sono.
- Eu não, disse o cachorro. Estou muito ocupado.
- Eu não, disse o porco. Acabei de almoçar.
- Eu não disse a vaca. Está na hora de brincar lá fora.
A galinha semeou, colheu, debulhou, moeu, amassou e cozeu o pão sozinha.
Aquele cheirinho bom de pão foi fazendo os amigos chegarem. Todos ficaram com água na boca.
Então a galinha ruiva disse:
- Quem foi que me ajudou a colher o milho, preparar o milho, para fazer o pão?
Todos ficaram bem quietinhos. (Ninguém tinha ajudado.)
- Então quem vai comer o delicioso pão de milho sou eu e meus pintainhos, apenas. Vocês podem continuar a descansar olhando. E assim foi: a galinha e seus pintainhos aproveitaram a festa, e nenhum dos preguiçosos foi convidado.



Reconte a história:








































FAZENDO PINTURA E COLAGEM




COLAR GRÃOS DE MILHO, PINTAR RECORTAR, MONTAE E COLAR








COLAR GRÃOS DE MILHO OU BOLINHAS DE CREPOM










A lebre e a tartaruga

Um dia, uma tartaruga começou a contar vantagem dizendo que corria muito depressa, que a lebre era muito mole, e enquanto falava, a tartaruga ria e ria da lebre. Mas a lebre ficou mesmo impressionada foi quando a tartaruga resolveu apostar uma corrida com ela.
"Deve ser só de brincadeira!", pensou a lebre.
A raposa era o juiz e recebia as apostas. A corrida começou, e na mesma hora, claro, a lebre passou à frente da tartaruga. O dia estava quente, por isso lá pelo meio do caminho a lebre teve a idéia de brincar um pouco. Depois de brincar, resolveu tirar uma soneca à sombra fresquinha de uma árvore.
"Se por acaso a tartaruga me passar, é só correr um pouco e fico na frente de novo", pensou.
A lebre achava que não ia perder aquela corrida de jeito nenhum. Enquanto isso, lá vinha a tartaruga com seu jeitão, arrastando os pés, sempre na mesma velocidade, sem descansar nem uma vez, só pensando na chegada. Ora, a lebre dormiu tanto que esqueceu de prestar atenção na tartaruga. Quando ela acordou, cadê a tartaruga? Bem que a lebre se levantou e saiu zunindo, mas nem adiantava! De longe ela viu a tartaruga esperando por ela na linha de chegada.
ESOPO. Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas,1994.

Trabalhando o texto.
Responda.
1- Quem são as personagens da fábula?
_______________________________________________________
2- Por que a lebre achava que ia ganhar a corrida?
_______________________________________________________
3- Quem foi a vencedora da prova?
_______________________________________________________
4- Qual foi a atitude da lebre que ajudou a tartaruga a chegar primeiro?

_________________________________________________

5- Você já sabe que as fábulas têm uma moral da história. Isso porque elas são histórias para ensinar alguma coisa. Qual será o ensinamento da fábula A lebre e a tartaruga?
Marque um X nas três respostas que servem como moral da fábula lida.

a) ( ) Quem avisa amigo é.
b) ( ) Devagar se vai ao longe.
c) ( ) Quem não tem cão, caça com gato.
d) ( ) Devagar e sempre se chega na frente.
e) ( ) Com perseverança, tudo se alcança.


6- Leia este trecho da fábula:
[...] “A raposa era o juiz e recebia as apostas. A corrida começou, e na mesma hora, claro, a lebre passou à frente da tartaruga. O dia estava quente, por isso lá pelo meio do caminho a lebre teve a idéia de brincar um pouco. Depois de brincar, resolveu tirar uma soneca à sombra fresquinha de uma árvore.”

a) Copie do trecho acima:
▪ Uma palavra com as. _____________________________

▪ Três palavras com es:_ _______________________________


b) Agora, separe as sílabas de todas as palavras que você encontrou:

________________________ ________________________


ORDENAR



ORAL DA HISTÓRIA: “COM PERSEVERANÇA, TUDO SE ALCANÇA

NUNCA PERCO DE NINGUÉM. DESAFIO A TODOS AQUI A TOMAREM PARTE NUMA CORRIDA COMIGO.

A UM SINAL DADO PELOS OUTROS ANIMAIS, AS DUAS PARTIRAM. A LEBRE SAIU A TODA VELOCIDADE. MAIS ADIANTE, PARA DEMONSTRAR SEU DESPREZO PELA RIVAL, DEITOU-SE E TIROU UMA SONECA.

A LEBRE ESTAVA SE VANGLORIANDO DE SUA RAPIDEZ,
PERANTE OS OUTROS ANIMAIS:

GUARDE A SUA PRESUNÇÃO ATÉ VER QUEM GANHA, RECOMENDOU A TARTARUGA.

COM PERSEVERANÇA, TUDO SE ALCANÇA.

ACEITO O DESAFIO! – DISSE A TARTARUGA CALMAMENTE.

A TARTARUGA CONTINUOU AVANÇANDO COM MUITA PERSEVERANÇA. QUANDO A LEBRE ACORDOU, VIU-A JÁ PERTINHO DO PONTO FINAL E NÃO TEVE TEMPO DE CORRER PARA CHEGAR PRIMEIRO: A TARTARUGA ENTÃO DISSE:


A LEBRE E A TARTARUGA

ISTO PARECE BRINCADEIRA. PODEREI DANÇAR À SUA VOLTA, POR TODO O CAMINHO – RESPONDEU A LEBRE.










MAIS ATIVIDADES DE " A LEBRE E A TARTARUGA" EM MATEMÁTICA (BREVE)



A cigarra e a formiga

A cigarra passou todo o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
_ E o que você fez durante todo o verão?
_ Durante o verão, eu cantei. _ disse a cigarra.
E a formiga respondeu:
_ Muito bem, pois agora dance!
Fábulas de Esopo, Ruth Rocha, FTD

1. O texto é um:
( ) poema
( ) lenda
( ) fábula

2. Escreva o título do texto.
_______________________________________________
3. Quem são os personagens?
_______________________________________________
4. Quem disse cada uma destas frases?
─ Durante o verão, eu cantei.
________________________________________________
─ Muito bem, pois agora dance!
________________________________________________

5. Dê a sua opinião a respeito de cada personagem desta fábula



A CORUJA E A ÁGUIA


(Monteiro Lobato)
Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.


- Basta de guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.


- Perfeitamente - respondeu a águia.


- Também eu não quero outra coisa.


5 - Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.


- Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?


- Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já
sabes, são os meus.


10 - Está feito! - concluiu a águia.


Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.


- Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.


E comeu-os.


15 Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.


- Quê? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...


20 Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece.
O ponto de interrogação em “ ─ Que? ─ disse esta admirada.” (l.17) sugere:
( A ) curiosidade
( B ) desprezo
( C ) raiva
( D ) surpresa


A FORMIGA E O GRÃO DE TRIGO
Durante a colheita, um grão de trigo caiu no solo. Ali ele esperou que a chuva o enterrasse.
Então surgiu uma formiga que começou a arrastá-lo para o formigueiro.
– Por favor, me deixe em paz! – protestou o grão de trigo.
– Mas precisamos de você no formigueiro – disse a formiga – se não tivermos você para nos alimentar, vamos morrer de fome no inverno.
– Mas eu sou uma semente viva – reclamou o trigo. – não fui feito para ser comido. Eu devo ser enterrado no solo para que uma nova planta possa crescer a partir de mim.
– Talvez – disse a formiga –, mas isso é muito complicado para mim. E continuou a arrastar o trigo.
– Ei, espere – disse o trigo. Tive uma idéia. Vamos fazer um acordo!
– Um acordo? – perguntou a formiga.
– Isso mesmo. Você me deixa no campo e, no ano que vem, eu lhe dou cem grãos.
– Você está brincando – disse a formiga, descrente.
– Não, eu lhe prometo cem grãos iguais a mim no próximo ano.
– Cem grãos de trigo para desistir de apenas um? – disse a formiga, desconfiada. – Como você vai fazer isso?
– Não me pergunte – respondeu o trigo –, é um mistério que não sei explicar. Confie em mim.
– Eu confio em você – disse a formiga, que deixou o grão de trigo em seu lugar.
E, no ano seguinte, quando a formiga voltou, o trigo tinha mantido sua promessa.
FÁBULAS do mundo todo: Esopo, Leonardo da Vinci, Andersen, Tolstoi e muitos outros... São Paulo: Melhoramentos,2004.
01. O grão de trigo caiu no solo esperando que
(A) a formiga o levasse para o formigueiro.
(B) outros grãos de trigo fossem procurá-lo.
(C) o vento o levasse para longe dali.
(D) a chuva o enterrasse.
02. O desentendimento entre os personagens da história inicia quando
(A) o grão de trigo cai no solo.
(B) o trigo diz que é uma semente viva.
(C) a formiga começa a arrastar a semente.
(D) a formiga aceita fazer um acordo com o trigo.
03. Quando a formiga diz ao trigo “você está brincando”, ela
(A) acredita que o grão vai cumprir o acordo.
(B) desconfia da promessa do grão.
(C) está se divertindo com a situação.
(D) está propondo ao trigo uma brincadeira.
04.A formiga resolve deixar o grão em seu lugar porque
(A) ele lhe promete cem grãos de trigo.
(B) já tem comida suficiente no galinheiro
(C) quer o grão como amigo.
(D sente pena dele.
05. Quando o autor diz que “ o trigo tinha mantido sua promessa” , podemos entender que o trigo
(A) germinou e se tornou uma planta que gerou outros grãos.
(B) ficou rico e comprou cem grãos para dar à formiga.
(C) tinha permanecido o tempo todo em seu lugar à espera da formiga.
(D) roubou cem grãos da plantação vizinha.
06. Esta história trata principalmente de um acordo baseado em
(A) trapaça e mentira.
(B) confiança e fidelidade.
(C) amizade e companheirismo.
(D) desconfiança e engano.












terça-feira, 6 de janeiro de 2009

SÓ MATEMATICA

CÁLCULO MENTAL 1

No quadro abaixo estão representados vários números de dois algarismos. Você tem cinco minutos para descobrir, mentalmente, todos os pares de números cujas somas são iguais a 50.

27 18 13 34 22
14 28 11 9
32 23 39 37 36
21 16 41 29

Responda aqui:
____ + ____ = 50 ____ + ____ = 50
____ + ____ = 50 ____ + ____ = 50
____ + ____ = 50 ____ + ____ = 50
____ + ____ = 50 ____ + ____ = 50

____ + ____ = 50 ____ + ____ = 50

A conta de “escorregar”
Uma outra maneira de realizar a conta de subtração é aquela em que se empresta 1, mas esse 1 “escorrega” e é acrescentado ao subtraendo:
Veja o que aconteceu neste caso.
Assim, somando 10 aos dois termos, o resultado da subtração se mantém o mesmo. Para os alunos das séries iniciais é muito mais difícil compreender esse modo de fazer uma subtração. O mais simples é relacionar a subtração aos conhecimentos que já construíram.Ensinar aos alunos que, no 72, o 7 vale 70 ou 7 grupos de 10; que um desses grupos de 10 corresponde a 10 unidades, e assim por diante, fica mais fácil de ser entendido.
Andréa Cristina Sória Prieto Consultora Pedagógica em Matemática na Futurekids do Brasil. Pós-Graduada em Psicopedagogia e Direito Educacional com Graduação em Pedagogia


A tabuada deve ser entendida ou memorizada?


Discutindo um velho dilema da matemática
Na escola de alguns anos atrás, saber a tabuada "na ponta da língua" era ponto de honra para alunos e professores. Poucos educadores ousavam pôr em dúvida a necessidade desta mecanização.
Na década de 60, porém, veio a Matemática Moderna e com ela algumas tentativas de mudanças aconteceram. Não vamos discutir aqui as características deste movimento, mas, dentre seus aspectos positivos, destacava-se a necessidade da aprendizagem com compreensão.Com isso, vieram as críticas ao ensino tradicional, entre elas a mecanização da tabuada. Assim, diversas escolas aboliram a memorização da mesma. O professor que obrigasse seus alunos a decorar a tabuada era, muitas vezes, considerado retrógrado.
O argumento usado, contrário à memorização, era basicamente que não se deve obrigar o aluno a decorar a tabuada, mas sim, criar condições para que ele a compreenda. Os defensores dessa nova tendência alegavam que, se o aluno entendesse o significado de multiplicações como 2 x 2, 3 x 8, 5 x 7, etc., quando precisasse, saberia chegar ao resultado.
Alguns professores rebatiam esta afirmação alegando que, sem saber a tabuada de cor, o aluno não poderia realizar multiplicações e divisões. Hoje, ainda, essa discussão está presente entre nós. Porém, apesar das divergências, uma opinião é unânime: deve-se condenar a mecanização pura e simples da tabuada.

Compreender é fundamental. É inconcebível exigir que os alunos recitem: "duas vezes um, dois; duas vezes dois, quatro;...", sem que tenham entendido o significado do que estão dizendo. Na multiplicação, bem como em todas as outras operações, a noção de número e o sistema de numeração decimal, precisam ser construídos e compreendidos.
Memorizar ou entender? Que tal utilizar as duas ações?
Esta construção é o resultado de um trabalho mental por parte do aluno. O termo tabuada é bastante antigo e designa um conjunto de fatos, como por exemplo: 3 x 1 = 3, 3 x 2 = 6, 3 x 3 = 9, etc. Esses fatos têm sido chamados, por diversos autores, de fatos fundamentais da multiplicação. Trabalhando com materiais concretos como papel quadriculado, tampinha de garrafa, palitos, explorando jogos e situações diversas, como quantos alunos serão necessários para formar 2 times de futebol, os alunos poderão, aos poucos, construir e registrar os fatos fundamentais que compõem a tabuada.
Proponha aos alunos que descubram quanto dá, por exemplo, 8 x 3. Desenvolva com eles quais são as formas que podem levá-los a encontrar a solução para esta situação. Eles podem obter este resultado através de adições sucessivas:
Mas podem também obter 8 x 3 de outro modo. Como 8 = 5 + 3, podem perceber que:
8 x 3 = 5 x 3 + 3 x 3
Faça-os entender que a multiplicação agiliza o processo de adição e que se eles souberem a tabuada “de cor”, poderão ser mais ágeis ao resolver as operações. Uma vez compreendidos os fatos fundamentais, eles devem ser, aos poucos, memorizados. Para isso, devem-se utilizar jogos variados. Como por exemplo, bingo de tabuada, cálculos mentais e todo tipo de jogos que contribuam para a memorização da tabuada.
A necessidade da memorização justifica-se. A fixação da mesma é importante para que o aluno compreenda e domine algumas técnicas de cálculo. Na exploração de novas idéias matemáticas (frações, geometria, múltiplos, divisores etc), a multiplicação aparecerá com freqüência. Se o aluno não tiver memorizado os fatos fundamentais, a cada momento ele perderá tempo construindo a tabuada ou contando nos dedos, desviando sua atenção das novas idéias que estão sendo trabalhadas.
Respondendo então a pergunta que dá título a esta leitura, devemos dizer que o aluno não deve memorizar mecanicamente a tabuada, mas que a memorização é importante sim. Insisto, porém, que esta memorização deve ser precedida pela compreensão. A ênfase do trabalho deve ser posta na construção dos conceitos. A preocupação com a memorização não deve ser obsessiva nem exagerada.

Andréa Cristina Sória Prieto Consultora Pedagógica em Matemática na Futurekids do Brasil. Pós-Graduada em Psicopedagogia e Direito Educacional com Graduação em Pedagogia






































TABUADA
Ensine seus alunos a entender a tabuada em vez de simplesmente obrigá-los a fixar os resultados
Aplique um método em que as contas são construídas passo a passo durante as aulas, permitindo que os alunos entenda o que quer dizer aquele monte de números nas tabelas de multiplicação, em vez de apenas decorá-las. Isso não significa que as tabuadas não devam ser memorizadas. A fixação, porém, acontece aos poucos, por meio de jogos.


Aula divertida: jogos feitos com materiais simples...
Por desenhos. Eles representam uma situação em que a multiplicação é necessária.Ex: Quantos pés há neste grupo de pássaros?
Forma geométrica. O aluno percebe por meio da visualização a relação existente entre duas diferentes escritas da mesma tabuada.Ex:Ambas as formas pertencem à tabuada do 2 e à do 4.




Escrita aditiva. A multiplicação é transformada em soma.



Ex: 2 x 3 = 3 + 3 = 6



Uma vez apresentada a tabuada do 2, as crianças observarão que os cálculos têm todos os resultados pares, quando multiplicado por 2, e que multiplicando por 2 se acha o dobro.



O ensino deverá obedecer a uma seqüência diferenciada, baseada em grupos de números múltiplos. Primeiro, vêm as tabuadas do 2, do 4 e do 8. Em seguida, as do 3, do 6 e do 9. As do 5 e do 10 são enfocadas em seguida. A última é a do 7.



Ao terminar de apresentar as primeiras três, os alunos as deverão compará-las e observar que alguns resultados se repetem.



Uma das conclusões da turma é a de que a tabuada do 4 é o dobro da do 2 e a do 8 é o dobro da do 4. Se eles não lembram a tabuada do 4 mas sabem que ela é o dobro da do 2, percorrem outro caminho para chegar ao resultado que precisam



A criança estabelece relações entre os números, analisa, compara e levanta hipóteses. Por meio da tabuada, ela desenvolve sua capacidade de raciocinar.



Essa estratégia leva ao desenvolvimento do cálculo mental.


TABUADA ATRAVÉS DOS JOGOS...



STOP

O Stop é um dos jogos que auxiliam na memorização. Cada aluno recebe uma cartela com a indicação de algumas tabuadas (abaixo). A professora canta um número, o 3, por exemplo, e a turma escreve os resultados das multiplicações entre esse algarismo e os já escritos na cartela. O primeiro a terminar fala "stop". A correção é feita no quadro negro, com a atribuição de cinco pontos para cada acerto.

NA MOSCA

Um cartaz afixado na parede é a base do Tiro Certo. Em uma cartolina, escreva os resultados das tabuadas que quer trabalhar.A posição dos números é aleatória.A turma é dividida ao meio e em cada jogada participa um integrante de cada equipe. Assim que a professora pergunta o resultado de uma multiplicação, os dois alunos correm para localizar a resposta. Vence quem apontar o número correto primeiro. Para a turma não memorizar a posição dos números, produza vários cartazes.

BINGO

Para jogar o Bingo, cada estudante produz sua cartela, dividindo uma folha de papel sulfite em dez quadrinhos (2 x 5). Em cada quadro eles escrevem um resultado presente nas várias tabuadas estudadas. A professora apresenta uma multiplicação e quem tiver o resultado marca com uma peça. O jogo permite variações. Uma das possibilidades é montar as tabelas com as contas. Nesse caso, são os resultados que a professora deve cantar. Ganha a partida quem completar a cartela primeiro.








TEXTOS.INTERPRETAÇÃO - 5º ano

Vênus
Depois de Mercúrio, é o planeta mais perto do Sol. Seu ano dura 225 dias. Vênus tem duas coisas curiosas. A primeira é que gira no mesmo sentido que os ponteiros de relógio. Apenas ele e Urano fazem isso. Os outros planetas giram no sentido anti-horário. Além disso, o dia de Vênus é muito comprido: em vez de 24 horas, dura 5.800 horas! Os cientistas acham que Vênus pode ter dado uma batida monumental com algum asteróide, há milhões de anos. Por isso, ele anda de ré em volta do Sol e quase não gira em torno de si mesmo.Vênus é também muito quente. A temperatura no planeta é de cerca de 500 graus centígrados, calor suficiente para derreter uma barra de chumbo, por exemplo.

(Almanaque Recreio. São Paulo: Editora Abril, 2003)

1. Quais as duas características curiosas a respeito do planeta Vênus?

( A) Ele gira no sentido anti-horário e seu dia é comprido.
(B) Ele gira no sentido do relógio e seu dia é curto.
(C) Ele gira no sentido anti-horário e o seu dia é curto.
(D) Ele gira no sentido do relógio e seu dia é comprido.

2. Quais os fatores que levam os cientistas a pensarem que Vênus pode ter dado uma batida em algum asteróide?

(A) Seu clima quente e sua atmosfera espessa.
(B) Seu ar pesado e sua proximidade ao Sol.
(C) Seu dia curto e seu movimento anti-horário.
(D) Seu giro lento em torno de si e seu movimento horário.

3. A expressão "uma batida monumental" significa uma batida

(A) muito forte.
(B) muito fraca.
(C) de leve.
(D) barulhenta.

4. Vênus é um planeta mais quente do que a Terra porque

(A) depois de Mercúrio, é o planeta mais perto do Sol.
(B) se dia é muito mais curto.
(C) seu ano dura 225 dias.
(D) anda de ré em volta do Sol.

5. Qual a função do texto acima?
(A) Fazer uma propaganda de Vênus.
(B) Relatar acontecimentos ocorridos em Vênus.
(C) Narrar uma história sobre Vênus.
(D) Informar sobre o planeta Vênus.

Prova Saresp 2003

Ninho de Cuco
O cuco é o mais mafioso dos pássaros. Não gosta muito de trabalhar e adora ocupar o ninho dos outros.Foi assim que, um dia, um pardal muito bondoso, emprestou o seu ninho para o cuco e pediu que, em troca, ele ficasse por algumas horas tomando conta da ninhada toda.Saiu. Quando voltou, encontrou o cuco numa zorra danada, bagunçando seus ovinhos:
- Quer dizer que eu lhe empresto o ninho e você faz essa bagunça?Ao que o cuco respondeu:
- Eu estou retribuindo a sua hospitalidade. Nós, cucos, somos assim mesmo: só posso ser como sou.
O pardal, cheio de raiva, deu uma bicada no cuco, que, ofendido, disse:
- Mas o que é isso, amigo?
E o pardal respondeu:
- Essa bicada é tudo o que eu lhe posso dar, no momento. Sinto muito, mas nós, pardais, somos organizados, e você e seu ovinho vão ter que cair fora do meu ninho.
E o cuco, bagunceiro, foi baixar noutro terreiro: mais precisamente no buraco vazio de um relógio, onde, desde então, dá duro para sobreviver trabalhando em turnos de meia hora.
Cuco-cuco-cuco!

(FRATE, Diléia. Histórias para acordar. Companhia das Letrinhas)


1. "Mas o que é isso, amigo?"Na frase acima, a palavra grifada se refere ao
(A) cuco.
(B) pardal.
(C) relógio.
(D) ovinho.

2. Na frase "... encontrou o cuco numa zorra danada", a expressão grifada significa que o cuco estava

(A) fazendo pouco barulho.
(B) dormindo profundamente.
C) chocando os ovinhos.
D) desorganizando o ninho.

3. O título do texto é Ninho de Cuco porque
(A) o cuco se aproveita do ninho dos outros pássaros.
(B) o cuco constrói seu próprio ninho.
(C) o pardal dá seu ninho para o cuco.
(D) dentro de um relógio há um ninho de cuco.

4. O pardal brigou com o cuco porque o cuco
A) não gosta de trabalhar.
(B) abandonou o ninho do pardal e foi para o relógio.
(C) bicou o pardal.
(D) bagunçou o ninho do pardal.

5. O que aconteceu ao cuco depois que foi expulso do ninho do pardal?

(A) Foi parar no terreiro.
(B) Foi para o seu ninho.
(C) Foi morar no relógio.
(D) Foi cantar no terreiro.

6. Na frase "E o cuco, bagunceiro, foi baixar noutro terreiro: mais precisamente no buraco vazio de um relógio...", qual a função dos dois pontos?
(A) Finalizar uma frase.
(B) Introduzir uma explicação.
(C) Interromper a frase.
D) Destacar uma expressâo
Prova Saresp 2003 - 3ª série (4º ano)



A ÁGUA NOSSA DE CADA DIA


Hoje de manhã, enquanto levava meu filho para a escola, assisti a diversas cenas de desperdício.Rua após rua, homens e mulheres usavam mangueiras para lavar calçadas e carros com jorros e jorros de água potável.

Nos primeiros casos cheguei a diminuir a velocidade do meu carro para sinalizar aos dissipadores que não deveriam estar fazendo aquilo. Mas eles olhavam, sem entender o que eu queria passar com os gestos... e continuavam com as torneiras abertas.

Nos casos seguintes, desisti. Só olhava, desolado, toda aquela água preciosa escorrendo pela calçada, pelas sarjetas...Se voltar a percorrer o bairro nesta bela manhã de abril provavelmente vou surpreender mais dissipadores em ação.Talvez já lavando carros, mais pátios e calçadas.E vou, de novo, ficar triste com o desperdício escancarado, explícito, irresponsável.
O que fazer para que nós, nossos filhos e os filhos de nossos filhos tenham água de boa qualidade e em quantidade no futuro?
Acho que, para começar, falar com as crianças.Se os adultos dão lições de desperdício, as crianças podem, no tempo, reverter o processo.
Enquanto crianças, podem entender melhor a necessidade de preservamos nossos recursos naturais. Água, inclusive.Quando crescerem, vão substituir os adultos insensatos de hoje já com atitudes corretas no cuidado com o meio ambiente.
Longe de mim a idéia de transformar quem quer que seja em vigilante, patrulheiro, inspetor de recursos naturais.

Também seria insensato. Em alguns casos até perigoso.Tem gente que não aceita críticas.Mas se cada um de nós pudesse passar aos filhos, às crianças, em geral, propostas, idéias e conselhos para buscarem a economia, a racionalização do uso da água, teríamos um início de caminho já sinalizado.E enquanto crianças e jovens vão se conscientizando, vamos pensando, num modo de chegarmos até os dissipadores adultos com orientação e informações.
Pra começar, à volta da escola, já vou falando sobre o assunto com meu filho.De novo, porque lá em casa o assunto já é velho e conhecido.Mas bons conselhos podem ser repetidos... e acumulados.E cuidados com nossos recursos naturais deveriam merecer até mesmo algum tipo de saudação.
Assim, como dizemos bom dia, boa noite, até logo, poderíamos começar a dizer: Salvou água, hoje? Apagou a luz que não está usando? Salvou uma árvore?
Pensou nas crianças que não têm água para beber?...Pode parecer meio dramático.
Mas antes um dramático falado do que sentido.Enquanto é tempo.


1) Pesquise e copie em seu caderno o significado das seguintes palavras:dissipar – escancarar – explícito – insensatez – racionalizar –desolado – sarjeta - reverter - escassez)

2. Copie os períodos e reescreva-os, substituindo as palavras ou expressões destacadas por sinônimos presentes no texto.
a) Se não houver melhor eficiência no uso da água, em um futuro próximo a carência desse líquido valioso será sentida e percebida abertamente aos nossos olhos..
b) Os esbanjadores de água agem como dementes e nos deixam muito tristes com sua atitude irresponsável.
c) Á água que corre pela valeta daquela rua vem de uma casa em que a dona deixou a mangueira jorrando água e dedica-se a conversar com a vizinha.
d) É preciso voltar a situação, adotando políticas públicas sérias que tratem do uso consciente e responsável da água.

3) Que elementos comprovam que o texto “A ÀGUA NOSSA DE CADA DIA” é uma crônica? Comente.

4) a) Leia com atenção as afirmativas abaixo e indique se são verdadeiras ou falsas.
( )
O narrador do texto é um narrador-observador; não participa dos acontecimentos.

( ) O cronista convoca a todos para tornarem-se patrulheiros da água.

( ) Os dissipadores de água são os que mais a defendem e lutam por sua preservação.

( ) O narrador do texto é um narrador-personagem; participa dos acontecimentos.

( ) O cronista questiona o que pode ser feito para se resolver o grave problema da água.

5. A alternativa que apresenta a soma correta das afirmativas falsas é:
(a) 12
(b) 9
(c) 14
(d) 13
(e) 17)

6.O que você faz ou pode fazer para evitar o desperdício da água em seu dia-a-dia?

7) Produção de texto.

Escreva um texto como se você fosse a ÁGUA deixando um recado aos habitantes do planeta Terra.

Capriche. Seja criativo(a) e demonstre seus conhecimentos.



Avaliação de Língua Portuguesa.

1) Leia o seguinte texto e responda:
O disfarce dos bichos

Você já tentou pegar um galhinho seco e ele virou bicho, abriu asas e voou? Se isso aconteceu é porque o graveto era um inseto conhecido como "bicho-pau". Ele é tão parecido com o galhinho, que pode ser confundido com o graveto.
Existem lagartas que se parecem com raminhos de plantas. E há grilos que imitam folhas.
Muitos animais ficam com a cor e a forma dos lugares em que estão. Eles fazem
isso para se defender dos inimigos ou capturar outros bichos que servem de alimento.
Esses truques são chamados de mimetismo, isto é, imitação.
O cientista inglês Henry Walter Bates foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou 11 anos na selva amazônica estudando os animais.

MAVIAEL MONTEIRO, JOSÉ. Bichos que usam disfarces para defesa. Folhinha, 6 nov.
1993.
O bicho-pau se parece com:
(A) florzinha seca.
(B) folhinha verde.
(C) galhinho seco.
(D) raminho de planta.

2)Observe:

O passageiro vai iniciar a viagem
(A) à noite.
(B) à tarde.
(C) de madrugada.
(D) pela manhã.

3)Observe:

No 3º quadrinho, a expressão do personagem e sua fala "AHHH!" indica que ele ficou:
(A) acanhado.
(B) aterrorizado.
(C) decepcionado.
(D) estressado.

4) Leia:
EVA FURNARI - Uma das principais figuras da literatura para crianças. Eva Furnari nasceu em Roma (Itália) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em São Paulo. Desde muito jovem, sua atração eram os livros de estampas --e não causa estranhamento algum imaginá-Ia envolvida com cores, lápis e pincéis, desenhando mundos e personagens para habitá-Ios...
Suas habilidades criativas encaminharam-na, primeiramente, ao universo das Artes
Plásticas expondo, em 1971, desenhos e pinturas na Associação dos Amigos do Museu de Arte Moderna, em uma mostra individual. Paralelamente, cursou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, formando-se no ano de 1976. No entanto, erguer prédios tornou-se pouco atraente quando encontrou a experiência das narrativas visuais.
Iniciou sua carreira como autora e ilustradora, publicando histórias sem texto verbal, isto é, contadas apenas por imagens. Seu primeiro livro foi lançado pela Ática, em 1980, Cabra-cega, inaugurando a coleção Peixe Vivo, premiada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLlJ.
Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu muitos prêmios, entre eles contam o Jabuti de "Melhor Ilustração" --Trucks (Ática, 1991), A bruxa Zelda e os 80 docinhos (1986) e Anjinho (1998) --setes láureas concedidas pela FNLlJ e o Prêmio APCA pelo conjunto de sua obra.
http:llcaracal. imaginaria. cam/autog rafas/evafurnari/index. html

A finalidade do texto é
(A) apresentar dados sobre vendas de livros.
(B) divulgar os livros de uma autora.
(C) informar sobre a vida de uma autora.
(D) instruir sobre o manuseio de livros.

5) Observe a bula de um remédio e responda:

Bula de remédio

VITAMINA
COMPRIMIDOS
embalagens com 50 comprimidos
COMPOSIÇÃO
Sulfato ferroso .................... 400 mg
Vitamina B1 ........................ 280 mg
Vitamina A1 ........................ 280 mg
Ácido fólico ......................... 0,2 mg
Cálcio F .............................. 150 mg

INFORMAÇÕES AO PACIENTE
O produto, quando conservado em locais frescos e bem ventilados, tem validade de 12 meses.
É conveniente que o médico seja avisado de qualquer efeito colateral.
INDICAÇÕES
No tratamento das anemias.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não deve ser tomado durante a gravidez.
EFEITOS COLATERAIS
Pode causar vômito e tontura em pacientes sensíveis ao ácido fólico da fórmula.
POSOLOGIA
Adultos: um comprimido duas vezes ao dia. Crianças: um comprimido uma vez ao dia.
LABORATÓRIO INFARMA S.A.
Responsável - Dr. R. Dias Fonseca
CÓCCO, Maria Fernandes; HAILER, Marco Antônio. Alp Novo:
análise, linguagem e pensamento. São Paulo: FTD, 1999. v. 2. p.184.

No texto, a palavra COMPOSIÇÃO indica:

(A) as situações contra-indicadas do remédio.
(B) as vitaminas que fazem falta ao homem.
(C) os elementos que formam o remédio.
(D) os produtos que causam anemias.

6) Texto para responder questões 1 e 2:

A raposa e as uvas

Num dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar. Com sede e calor, sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.
“Que delícia”, pensou a raposa, “era disso que eu precisava para adoçar a minha boca”. E, de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas.
Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: “Aposto que estas uvas estão verdes.”
Esta fábula ensina que algumas pessoas quando não conseguem o que querem, culpam as circunstâncias.

(http://www1.uol.com.br/crianca/fabulas/noflash/raposa. htm)

1) A frase que expressa uma opinião é:
A) “a raposa passeava por um pomar."
B)“sua atenção foi capturada por um cacho de uvas."
C)"a raposa afastou-se da videira"
D)"Aposto que estas uvas estão verdes"

2) O motivo por que a raposa não conseguiu apanhar as uvas foi que:
(A) as uvas ainda estavam verdes.
(B) a parreira era muito alta.
(C) a raposa não quis subir na parreira.
(D) as uvas eram poucas

7) Leia com atenção:
Chapeuzinho Amarelo

Era a Chapeuzinho amarelo
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
5 Em festa não aparecia.
Não subia escada
nem descia.
Não estava resfriada,
mas tossia.
10 Ouvia conto de fada e estremecia.
Não brincava mais de nada,
nem amarelinha.
Tinha medo de trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
15 E nunca apanhava sol,
porque tinha medo de sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
20 Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada,
Deitada, mas sem dormir,
Com medo de pesadelo.

HOLLANDA, Chico Buarque de. In: Literatura comentada. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

O texto trata de uma menina que:
(A) brincava de amarelinha.
(B) gostava de festas.
(C) subia e descia escadas.
(D) tinha medo de tudo.
8) Leia os seguintes textos:

Texto I
Os cerrados

Essas terras planas do planalto central escondem muitos riachos, rios e cachoeiras. Na verdade, o cerrado é o berço das águas. Essas águas brotam das nascentes de brejos ou despencam de paredões de pedra. Em várias partes do cerrado brasileiro existem canyons com cachoeiras de mais de cem metros de altura!

SALDANHA, P. Os cerrados . Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.

Texto II
Os Pantanais
O homem pantaneiro é muito ligado à terra em que vive. Muitos moradores não pretendem sair da região. E não é pra menos: além das paisagens e do mais lindo pôr-do-sol do Brasil Central, o Pantanal é um santuário de animais selvagens. Um morador do Pantanal do rio Cuiabá, olhando para um bando de aves, voando sobre veados e capivaras, exclamou: “O Pantanal parece com o mundo no primeiro dia da criação.”

SALDANHA, P. Os pantanais. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.

Os dois textos descrevem:
(A) belezas naturais do Brasil Central.
(B) animais que habitam os pantanais.
(C) problemas que afetam os cerrados.
(D) rios e cachoeiras de duas regiões.

9) Leia:
O rato do mato e o rato da cidade

Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
— Tenho muita pena da pobreza em que você vive — disse.
— Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.
Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita.
Foram logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao ratinho do campo.
Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.
— Eu vou para o meu campo — disse o rato do campo quando o perigo passou.
— Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.
Mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.
Alfabetização: livro do aluno 2ª ed. rev. e atual. / Ana Rosa Abreu... [et al.]
Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2001. 4v. : p. 60 v. 3
O problema do rato do mato terminou quando ele:
(A) descobriu a despensa da casa.
(B) se empanturrou de comida.
(C) se escondeu dos ratos.
(D) decidiu voltar para o mato.
11) Leia:
Pepita a piaba

Lá no fundo do rio, vivia Pepita: uma piaba miudinha.
Mas Pepita não gostava de ser assim.
Ela queria ser grande... bem grandona...
Tomou pílulas de vitamina... Fez ginástica de peixe... Mas nada...
Continuava miudinha.
– O que é isso? Uma rede?
Uma rede no rio! Os pescadores!
Ai, ai, ai... Foi um corre-corre... Foi um nada-nada...
Mas... muitos peixes ficaram presos na rede.
E Pepita?
Pepita escapuliu... Ela nadou, nadou pra bem longe dali!

CONTIJO, Solange A. Fonseca. Pepita a piaba. Coleção Miguilim.
São Paulo: Nacional, 2004.
No trecho “Lá no fundo do rio, vivia Pepita” (? . 1), a expressão sublinhada dá idéia de:

(A) causa.
(B) explicação.
(C) lugar.
(D) tempo.

12) Leia:
Continho

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de
meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando
passou um vigário a cavalo.
— Você, aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé.

MENDES CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler - Crônicas. São Paulo: Ática, 1996, v.1. p. 76

Há traço de humor no trecho:
(A) “Era uma vez um menino triste, magro”.
(B) “ele estava sentado na poeira do caminho”.
(C) “quando passou um vigário”.
(D) “Ela não vai não: nós é que vamos nela”.

13) Leia:

Feias, sujas e imbatíveis
(Fragmento)
As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem tanto no deserto como nos pólos e podem ficar até 30 dias sem comer. Vai encarar?
Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada do verão e achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente seria, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas também ficam bem animadas com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos para se reproduzirem mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas.
Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada, ao acordar durante a noite para beber água ou ir ao banheiro, são três vezes maiores.
Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, Nº 151, Fev. 2004, p.26.

No trecho “Vai encarar?” (l.2), o ponto de interrogação tem o efeito de:

(A) apresentar.
(B) avisar.
(C) desafiar.
(D) questionar

14) Leia: Televisão

Televisão é uma caixa de imagens que fazem barulho.
Quando os adultos não querem ser incomodados, mandam as crianças ir assistir à televisão.
O que eu gosto mais na televisão são os desenhos animados de bichos.
Bicho imitando gente é muito mais engraçado do que gente imitando gente, como nas telenovelas.
Não gosto muito de programas infantis com gente fingindo de criança.
Em vez de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade com meus amigos e amigas.
Também os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa alguma porque ninguém pode comer uma imagem.
Já os doces que minha mãe faz e que eu como todo dia, esses sim, são gostosos.
Conclusão: a vida fora da televisão é melhor do que dentro dela.

PAES, J. P. Televisão. In: Vejam como eu sei escrever. 1. ed. São Paulo, Ática, 2001. p. 26-27.

O trecho em que se percebe que o narrador é uma criança é:

(A) “Bicho imitando gente é muito mais engraçado do que gente imitando gente, como nas telenovelas.”
(B) “Em vez de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade...”
(C) “Quando os adultos não querem ser incomodados, mandam as crianças ir assistir à televisão.”
(D) “Também os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa alguma...”