segunda-feira, 16 de setembro de 2013

PARLENDA: HOJE É DOMINGO - Sequência didática

 Sequência didática:  PARLENDA
1-Apresentação de situação 
Conversa sobre parlendas que é um gênero do folclore brasileiro, usado nas brincadeiras infantis. Mesmo com a ludicidade, exerce um importante papel no desenvolvimento da criança, pois estimula a oralidade, a memorização, a expressão corporal e dentre outras habilidades.
Convidar as crianças para realizar um trabalho com o objetivo de incentivar conhecer um número maior de parlendas.
 NO FINAL DO TRABALHO MEMORIZAR E BRINCAR COM ALGUMAS PARLENDAS E FILMAR PARA CADA CRIANÇA TER O SEU REGISTRO DA ORALIDADE.

2- Reconhecimento do gênero selecionado

PESQUISA E SELEÇÃO DO GÊNERO
Pesquisar com os familiares que parlendas eles conhecem.
Se possível enviarem por escrito e lerem para a criança.

LEITURA DE TEXTOS DO GÊNERO 
Explicar que parlendas são textos cujo uso tem a função de brincar com as palavras, explorando-as quanto ao ritmo e a rima.
Aproveitar os textos sugeridos pelos familiares, organizar um mural na sala. A partir daí estimular a leitura dos mesmos, lendo-os com ênfase e ritmo que o gênero exige.

FUNÇÃO SOCIAL
Para que reconheçam a função social questionar:
  • Para que serve esse gênero?
  • Como geralmente tomamos conhecimento desse gênero?
  • Onde encontramos escritos?
  • Quem costuma ler textos desse gênero?
  • São textos que divertem ou ensinam? Como percebemos isso?

CONTEÚDO TEMÁTICO
    As parlendas exploram um assunto? Por quê?
As parlendas não necessariamente exploram um assunto, pois a função delas é, antes, trabalhar com o ritmo e a rima por meio de organização das palavras. 
  • Do que falam as parlendas?
  • Vocês já viram uma parlenda com indicação de seu autor?
  • Por que não aparece o nome dos autores das parlendas?

ESTRUTURA COMPOSICIONAL
  • Como são organizadas as parlendas?
  • São textos longos ou curtos?
  • Depois dessas questões, proporcionar situações de leituras:
;individual (você lê para os alunos, apontando no texto)
coletiva (você aponta e todos os alunos lêem)
;Individual (você aponta e o aluno faz tentativas de leitura).

SUGESTÕES DE LEITURA

SELEÇÃO DE UM GÊNERO


ATIVIDADES DE SISTEMATIZAÇÃO DA ESCRITA

PARLENDA

HOJE É DOMINGO,
PEDE CACHIMBO.
O CACHIMBO É DE BARRO,
BATE NO JARRO.
O JARRO É DE OURO,
BATE NO TOURO.
O TOURO É VALENTE,
CHIFRA A GENTE.
A GENTE É FRACO, 
CAI NO BURACO.
O BURACO É FUNDO,
ACABOU-SE O MUNDO.
(domínio popular)

PINTE, NO TEXTO, AS PALAVRAS QUE APARECEM REPETIDAS.

PINTE, NO TEXTO, AS PALAVRAS QUE TERMINAM COM O MESMO SOM OU COM UM SOM PARECIDO.

HOJE É DOMINGO,
PEDE CACHIMBO.
O CACHIMBO É DE BARRO,
BATE NO JARRO.
O JARRO É DE OURO,
BATE NO TOURO.
O TOURO É VALENTE,
CHIFRA A GENTE.
A GENTE É FRACO, 
CAI NO BURACO.
O BURACO É FUNDO,
ACABOU-SE O MUNDO.

DESCUBRA QUAIS SÃO AS PALAVRAS QUE FALTAM NA PARLENDA.

HOJE É _________________
PEDE CACHIMBO.
O ______________ É DE BARRO,
BATE NO JARRO.
O JARRO É DE _____________,
BATE NO TOURO.
O TOURO É _______________,
CHIFRA A GENTE.
A GENTE É ________________,
CAI NO BURACO.
O BURACO É___________,
ACABOU-SE O MUNDO.

PINTE OS ESPAÇOS QUE HÁ ENTRE AS PALAVRAS DO TEXTO QUE VOCÊ COMPLETOU NA ATIVIDADE ANTERIOR

VAMOS LER NOVAMENTE O TEXTO. AGORA VAMOS FAZER UMA LISTA DAS PALAVRAS QUE TERMINAM COM A MESMA LETRA.

(E) (O)
___________ _____________ 
___________ _____________
___________ _____________
_____________
_____________
_____________
_____________
_____________


ESCREVA OUTRAS DUAS PALAVRAS COM A ÚLTIMA SÍLABA DE CADA NOME :
ELEFANTE- _____________ __________________
TOURO- ________________ _________________
BODE- ________________ ___________________
GATO- _______________ ___________________
GIRAFA- _______________ __________________
CAVALO- _______________ _________________


VAMOS COLOCAR O TEXTO EM ORDEM?

O CACHIMBO É DE BARRO,

BATE NO JARRO.

O TOURO É VALENTE,

A GENTE É FRACO,

O BURACO É FUNDO,

ACABOU-SE O MUNDO.

CHIFRA A GENTE.

PEDE CACHIMBO.

BATE NO TOURO.

CAI NO BURACO.

HOJE É DOMINGO,

O JARRO É DE OURO.

VAMOS ESCREVER NOMES DE COLEGAS DO PRIMEIRO ANO ( PODE SER DO OUTRO TURNO) QUE INICIAM COMO ALGUMAS PALAVRAS DA PARLENDA: DOMINGO____________________________________ CACHIMBO____________________________________ BARRO_______________________________________ JARRO_______________________________________ GENTE_______________________________________ FRACO_______________________________________ MUNDO______________________________________

COMPLETE A LETRA QUE FALTA NA PALAVRA:
DOMI__GO
CACH__MBO
D__MINGO
 __ACHIMBO
DOM__NGO
CA__HIMBO
DO__INGO
CACHI__BO
DOMIN__O
C__CHIMBO
DOMING__
 CACHIM__O
CACHIMB__

DESCUBRA QUAL É A LETRA QUE ESTÁ FALTANDO:
B__ RACO
M__NDO
__RO TO
__RO F__NDO

PINTE SOMENTE AS LETRAS QUE FORMAM A PALAVRA DOMINGO:

A G D A O H M U I Z N G Q O

PINTE AS LETRAS QUE NÃO SE REPETEM NAS PALAVRAS ABAIXO:

PEDE SEDE REDE

GÊNEROS TEXTUAIS

ESTUDO DE GÊNEROS TEXTUAIS

A ESCRITA COMO PRODUÇÃO DE TEXTOS

     O autores definem que escrever textos é um ato complexo.
 Escrita está relacionada aos significados que se pretendem transmitir; 

 NÃO BASTA DOMINAR O CÓDIGO: É NECESSÁRIO SABER USÁ-LO!!! 
 Escrever é uma tarefa cognitiva muito complexa:
A CRIANÇA PRECISA PENSAR NO QUE ESCREVER (conteúdo, leitor),
E COMO ESCREVER (gênero, formato, estrutura, grafia).
PREPARAR-SE PARA ESCREVER 

O QUÊ: tema e situação de escrita 
 PARA QUÊ: finalidade 
 PARA QUEM: destinatário
COMO: suporte, tipo de texto

 PRÉ-TEXTO: roteiro 
ESCREVER 
RELER,
AVALIAR 
PASSAR A LIMPO
DECIDIR O TEMA E A SITUAÇÃO  Deixar claro o tema; 
 Apresentar MODELOS ADEQUADOS: ler, explicar, mostrar, comentar, fazer um coletivamente;

CARACTERÍSTICAS DO TEXTO 
 Cada gênero de texto tem suas características;  Trabalhar com a função, modelos, conteúdo, formato, características gráficas e gramática;
PRÉ-TEXTO  Pensar no que se vai escrever;  Elaboração coletiva dos conteúdos do texto (construção mental do escritor); organizar o pensamento da criança, antes de escrever;  Registrar as idéias; 
 TEXTOS LIVRES não são recomendados: produções curtas, pobres;
CONCEITO DE TEXTO “O texto pode ser concebido como resultado parcial de nossa atividade comunicativa, que compreende processos, operações e estratégias que têm lugar na mente humana, e que são postos em ação em situações concretas de interação social”. Podemos dizer, numa primeira aproximação, que textos são resultados da atividade verbal de indivíduos socialmente atuantes, na qual estes coordenam suas ações no intuito de alcançar um fim social. Um texto se constitui enquanto tal no momento em que os parceiros de uma atividade comunicativa global (...) são capazes de construir, para ela, determinado sentido. “Portanto, à concepção de texto aqui apresentada subjaz o postulado básico de que o sentido não está no texto, mas se constrói a partir dele, no curso de uma interação”. (Koch)

GÊNEROS TEXTUAIS E PRODUÇÃO LINGUÍSTICA Luis Antônio Marcuschi
• O texto é o melhor ponto de partida e chegada para o tratamento da língua em sala de aula;
• Trata-se de uma maneira de deslocar o ensino de língua da gramática, norma e frase isolada para os processos e o funcionamento da língua em situações concretas de uso;
• Os textos materializam-se em formas as mais diversas e funcionam dos modos mais diversificados em situações sociais do dia-a-dia de todos nós. Essas materializações dos textos se dão em

GÊNEROS TEXTUAIS;
• Com base nos gêneros pode-se desenvolver um trabalho de produção textual com materiais que efetivamente circulam na sociedade;
• Um trabalho com gêneros permite tratar integradamente questões de produção, compreensão, gramática e uma série de outros aspectos centrais no ensino de língua;
• Há possibilidades de trabalhar os gêneros textuais em sala de aula: sequências didáticas (Dolz, Schneuwly);
• O estudo dos gêneros não é algo novo; se iniciou com Platão;
• O estudo dos gêneros mostra o funcionamento da sociedade (por que os membros de comunidades específicas usam a língua da maneira como o fazem?) Cada gênero textual tem um propósito bastante claro que o determina e lhe dá uma esfera de circulação. Aliás, este será um aspecto bastante interessante, pois todos os gêneros têm uma forma e uma função, bem como um estilo e um conteúdo, mas sua determinação se dá basicamente pela função e não pela forma;
• Não se deve considerar os gêneros como modelos estanques, nem como estruturas rígidas, mas como formas culturais e cognitivas de ação social;
• Existem muitas perspectivas teóricas nos estudos de gêneros: perspectiva sócio-discursiva (Bronckart, Dolz, Schneuwly, influências de Bakhtin e Vygotsky) – preocupados com o ensino dos gêneros na língua materna no ensino fundamental;

NOÇÃO DE GÊNERO, TIPO E DOMÍNIO DISCURSIVO • DOMÍNIO DISCURSIVO: “esfera da atividade humana” e indica instâncias discursivas (discurso jurídico, jornalístico, religioso etc); não abrange um gênero em particular, mas dá origem a vários deles;
• GÊNERO: textos materializados em situações comunicativas que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões característicos (são formas textuais escritas ou orais);
• TIPO: sequências linguísticas (sequenciação de enunciados), são modos textuais – narração, argumentação, exposição, descrição, injunção; Os gêneros não são opostos a tipos, não formam uma dicotomia e sim são complementares e integrados
• As definições aqui trazidas de gênero, tipo, domínio discursivo são muito mais operacionais do que formais e seguem de perto a posição bakhtiniana;
• Os gêneros são entidades comunicativas em que predominam os aspectos relativos a funções, propósitos, ações e conteúdos;

A QUESTÃO DA INTERGENERICIDADE: QUE NOME DAR AOS GÊNEROS?
• As designações que usamos para os gêneros não são uma invenção pessoal, mas uma denominação histórica e socialmente construída;
• Podemos encontrar textos que misturam gêneros (um gênero assume a função de outro) – intergenericidade;
• Não se trata de ensinar aos alunos uma teoria dos gêneros nem ensinar a agruparem textos em gêneros numa mera atividade classificatória e sim produzir textos de gêneros diversos;

A QUESTÃO DO SUPORTE DE GÊNEROS TEXTUAIS
• Qual o papel do suporte na relação com os gêneros?
• O suporte não é neutro e o gênero não fica indiferente a ele;
• Ele é imprescindível para que o gênero circule na sociedade e deve ter alguma influência;
• Suporte é uma superfície física em formato específico que suporta, fixa e mostra um texto.

OS GÊNEROS TEXTUAIS EM SALA DE AULA: AS “SEQUENCIAS DIDÁTICAS”
• Dolz e Schneuwly: propuseram uma metodologia de ensino por sequências didáticas, concebendo gêneros como instrumentos de comunicação;
• No ensino é conveniente partir de uma situação e identificar alguma atividade a ser desenvolvida para que se inicie uma comunicação;
• Quando alguém tem de agir discursivamente deve instrumentalizar-se com um conjunto de utensílios;
• O modelo por Schneuwly/Noverraz/Dolz, é o que julgamos o mais adequado ao tratamento do ensino em sala de aula com base nos gêneros textuais. Trata-se de um modelo que segue a intuição e a indução;
• A proposta parte da idéia de que é possível e desejável ensinar gêneros textuais públicos da oralidade e da escrita e isso pode ser feito de maneira ordenada;
• A idéia central é a de que se devem criar situações reais com contextos que permitam reproduzir em grandes linhas e no detalhe a situação concreta de produção textual incluindo sua circulação, ou seja, com atenção para o processo de relação entre produtores e receptores.
• Os autores definem a “seqüência didática” como “um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito”;

ESQUEMA GERAL DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
 Apresentar a proposta. 
 Avaliar o conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero. 
 Apresentar o gênero escolhido, fazendo circular alguns de seus exemplares pela sala.
Usar de "Estratégias de Leitura".
 Propor que os alunos escrevam um texto inicial do gênero, mesmo que imperfeito, para saber quais os aspectos desse gênero o professor precisa trabalhar mais.
 Ampliar o repertório do aluno, trazendo mais textos do gênero para a sala. 
Organizar e sistematizar o conhecimento sobre o gênero, com estudo detalhado de seus elementos, de sua situação de produção e da forma como esse gênero circula (num jornal ou num livro, por exemplo).
 Fazer uma produção escrita coletiva com a classe, tendo o professor como escriba, para que todos troquem conhecimentos e passem a dominar melhor o gênero estudado.  Fazer uma produção escrita individual. 
Fazer a revisão
(MÓDULOS: verificar as dificuldades da turma) e a reescrita da produção individual, melhorando-a.

OBSERVAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS
• Age com a produção textual;
• Atividade que se situa em contextos da vida cotidiana;
• Não naturaliza o trabalho;
• Permite trabalho diferenciado e os casos de insucesso;
• Centro de atenção é o gênero;
• O trabalho de escrita é também um trabalho de reescrita;
• Sequências didáticas visam aperfeiçoamento das práticas de escrita e produção oral;

ANÁLISE DE GÊNEROS
Para trabalhar determinado gênero com os alunos, torna-se fundamental organizar uma análise a partir dos seguintes pressupostos:
• Situação de comunicação: enunciador, destinatário, objetivo, objeto, suporte;
• Estrutura: “composição” interna do texto;
• Lingüística do texto: tipo dominante (narração, descrição, argumentação, injunção), enunciação (primeira pessoa, terceira pessoa), verbos, léxicos (vocabulário específico), coerência, coesão (conectivos), elementos substitutivos;
• Lingüística da frase: tipos de frases predominantes (curtas, complexas, interrogativas, afirmativas...);

ESTUDO SOBRE CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS GÊNEROS
Alguns gêneros foram analisados em HTP, através da leitura, interpretação, análise de determinados textos e levantamento de características.

1. Conto de Encantamento (ou clássicos) 

 Objetivo: entreter leitores, envolvê-los numa fantasia; 
 Enunciador: narrador (3ª pessoa) 
 Objeto: história do Dragão e a Deusa
Suporte: Livro 
 Destinatário: diferentes leitores
 Texto predominantemente narrativo, com descrição de personagens, espaço e tempo; 
 Estrutura interna: situação inicial (apresentação do tempo, espaço, personagens; marcado pelo verbo pretérito imperfeito: era, fazia, tinha, morava, ficava...); evento perturbador (acontece algo diferente, que desestabiliza a história; marcado pela mudança do verbo pretérito imperfeito para o pretérito perfeito: decidiu, aconteceu, fez...); ações dos personagens (todas as ações que os personagens desenvolvem a partir do evento perturbador); ação finalizadora (a ação que finalizará o evento perturbador), situação final (resolução do evento perturbador – pode ser positiva ou não).  Presença do diálogo direto e indireto;  Pontuação: ponto final, vírgula, interrogação, exclamação, dois pontos, travessão;

2. Crônica
     Análise do texto “O Homem Nu”, de Fernando Sabino. 
 Objetivo: entreter, divertir os leitores; 
 Enunciador: narrador (3ª pessoa), às vezes, em 1ª pessoa 
 Objeto: situação cotidiana 
 Suporte: texto produzido para jornal ou revista, mas há livros de crônicas 
 Destinatário: diferentes leitores 
 Texto predominantemente narrativo; trata de assuntos do cotidiano; texto organizado em torno de um único problema; 
 Estrutura interna: Narração histórica pela ordem do tempo em que se deram os fatos (ordem cronológica); não apresenta caracterização do espaço; apresenta personagens sem nomes ou com nomes genéricos (Maria, João...); 
 Texto escrito com linguagem simples;  Possui efeito de humor;  Marcado pelo verbo pretérito perfeito;  Apresenta diálogo direto;  Pontuação: ponto final, vírgula, interrogação, exclamação, dois pontos, travessão;

3. Relato de Experiência Pessoal
   Análise do texto “Bóia Fria”, de Nádia L.B. da Rosa 
 Objetivo: apresentar uma situação vivida; 
 Enunciador: 1ª pessoa (autor contando a situação) 
 Objeto: experiência pessoal 
 Suporte: Livro 
 Destinatário: diferentes leitores 
 Texto predominantemente narrativo; 
 Estrutura interna: apresentação de uma experiência vivida, com marcas de autoria (1ª pessoa); relato do acontecimento, pessoas envolvidas, período de realização, desenvolvimento, sensações, aprendizagens; 
 Utilização de pronomes pessoais, formas de expressão pessoais, formas de expressões típicas e pessoais, adjetivos que aproximem o leitor, diálogo com outros sujeitos que participam direta ou indiretamente, verbos no passado e presente (pretérito perfeito: aconteceu, fui; pretérito imperfeito: pensava, fazia); 
 Pontuação: ponto final, vírgula, interrogação, exclamação;

4. Fábula
     Análise do texto “O camundongo da cidade e do campo”; 
 Objetivo: transmitir ensinamentos através de uma narrativa. 
 Enunciador: narrador (3ª pessoa) 
 Objeto: história entre o camundongo da cidade e o do campo
 Suporte: livros. 
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Estrutura interna: presença de animais com características humanas; enfatiza dois mundos (real e imaginário); apresenta moral (nem sempre explícita); apresenta situação inicial, evento perturbador, tentativa de solução, resultado final e moral. 
 Texto predominantemente narrativo. 
 Presença de diálogos e a utilização de verbos no passado (perfeito e imperfeito). 
 Pontuação: ponto final, vírgula, interrogação, exclamação, dois pontos, travessão;

5. Artigo de opinião

              Análise do texto “Dengue: um mal cada vez mais incidente”. 
 Objetivo: informar e convencer o leitor a mudar de opinião.
 Enunciador: 3ª pessoa/1ª pessoa implícita (opinião). 
 Objeto: Dengue.
 Suporte: jornal, panfleto, revista. 
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Estrutura interna: utilização de frases declarativas (afirmativas ou não); na primeira parte apresenta o tema em linhas gerais, na segunda parte fatos e argumentos e na terceira parte considerações finais com ênfase na opinião (frases que expressem ordem, pedido, conselho);  Expressa opinião do autor. 
Texto predominantemente informativo e argumentativo. 
Utilização de verbos predominantemente no presente. 
 Pontuação: ponto, vírgula, ponto de exclamação (persuasão do autor/ênfase na frase exclamativa).  Utilização de elementos conectivos (conjunções).

6. Instruções
       Análise do texto “Arte que mostra arte – ensinando a fazer uma atividade de arte”. 
 Objetivo: prescrever ações, ensinar.
 Enunciador: 3ª pessoa (alguém ensinando a fazer) 
 Objeto: atividade de arte
 Suporte: livro, manual. 
 Destinatário: diferentes leitores. 
Estrutura interna: utiliza imagens/ilustrações (elementos auxiliares na compreensão); linguagem clara direta, objetiva; estruturado em duas partes (material-lista de substantivos; modo de fazer - orações no modo imperativo, visando um objetivo; apresenta processo temporal; possibilita consulta no decorrer da tarefa). 
Texto marcado pela injunção: imposição, pedido; 
 Utilização de verbos no modo imperativo (ordem), com orações bimembre (pessoal, traço do sujeito; exemplo: misture, cole) e orações unimembre (sem sujeito constituinte; exemplos: misturar, colar).  Pontuação: ponto, vírgula.

7. Receita
      Análise do texto “Quibe de forma”. 
 Objetivo: prescrever ações, ensinar. 
Enunciador: 3ª pessoa (alguém ensinando a fazer) 
 Objeto: como fazer o quibe de forma 
Suporte: livro, revista, jornal, caderno. 
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Estrutura interna: utiliza imagens/ilustrações (elementos auxiliares na compreensão); linguagem clara direta, objetiva; estruturado em duas partes (ingredientes - lista com produtos e quantidade; modo de fazer - orações no modo imperativo, visando um objetivo; apresenta processo temporal; possibilita consulta no decorrer da tarefa).  Pode apresentar rendimento; 
 Texto marcado pela injunção: imposição, pedido; 
 Utilização de verbos no modo imperativo (ordem), com orações bimembre (pessoal, traço do sujeito; exemplo: misture, cole) e orações unimembre (sem sujeito constituinte; exemplos: misturar, colar).  Pontuação: ponto, vírgula

. 8. Bilhete 
 Objetivo: comunicar algo, informar, avisar. 
 Enunciador: 1ª pessoa, autor do bilhete. 
 Objeto: informação, aviso que quer registrar.
 Suporte: papel. 
 Destinatário: pessoa a quem se destina o bilhete. 
 Estrutura interna: Destinatário, assunto (texto curto, breve), despedida, nome do remetente.  Permite emprego de apelidos e linguagem informal.  Pontuação: ponto final, vírgula, interrogação, exclamação.

9. Carta 
 Objetivo: comunicar algo, informar, avisar. 
 Enunciador: 1ª pessoa, autor do bilhete.
 Objeto: informações sobre situações ocorridas. 
 Suporte: papel. 
 Destinatário: pessoa a quem se destina a carta. 
 Estrutura interna: Local e data, saudação com referência ao destinatário, assunto (marcas da intimidade com o destinatário, marcas da oralidade), despedida, nome do remetente.
 Linguagem informal e formal (depende da intenção e do gênero).  Pontuação: ponto final, vírgula, interrogação, exclamação.
 Principal diferença da carta e do bilhete: na carta o destinatário está longe e necessita de detalhes do assunto (texto mais extenso).

10. Notícia
   Análise do texto “Quibe de forma”.
 Objetivo: informar algum acontecimento.
 Enunciador: 3ª pessoa.  Objeto: acidente na rodovia.
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Suporte: jornal. 
 Redator somente apresenta os dados, não há opinião (entretanto, é importante salientar que não há neutralidade no registro, pois cada um escreve de acordo com sua vivência e com marcas de suas impressões).
 Título cumpre dupla função: sintetizar o tema e atrair o leitor.
 Estrutura interna: segue, geralmente, o esquema de pirâmide invertida (no início há uma apresentação geral do acontecimento, tentando responder as seguintes questões: Quem? O que? Quando? Onde? Como? Por quê?/ posteriormente, há o detalhamento dos acontecimentos).  Texto predominantemente narrativo. 
 Apresenta orações breves, curtas.  Verbos na voz passiva e voz ativa.  Pontuação: ponto final, vírgula.

11. Reportagem

    Análise do texto “Pode ler. Eu li e gostei”. 
 Objetivo: informar, expor. 
 Enunciador: 3ª pessoa.
 Objeto: trabalho desenvolvido por alguns professores sobre leitura. 
 Destinatário: diferentes leitores.
 Suporte: jornal, revista.
 Apresenta título e subtítulo; 
 Pode apresentar opinião do autor.
 Reportagem não precisa tratar de temas novos, pois tem por objetivo recuperar, atualizar, levantar dados.
 Presença de personagens: humanização do relato. 
 Estrutura interna: é uma notícia desdobrada (há opinião, apresentação de exemplos, trechos de relatos das pessoas envolvidas). A notícia se esgota na primeira parte; a reportagem amplia o fato principal, acrescenta opiniões e diferentes versões. 
 Texto predominantemente narrativo. 
 Linguagem clara e objetiva. 
 Verbos na voz passiva e voz ativa. 
 Pontuação: ponto final, vírgula.

12. Propaganda

         Análise do texto “Doe um agasalho”. 
 Objetivo: convencer as pessoas. 
 Enunciador: 3ª pessoa.  Objeto: doação de agasalhos.
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Suporte: jornal, revistas, outdoor.
 Estrutura interna: apresenta parte escrita (frase curta, na forma imperativa – doe, faça) e ilustrações. 
 Imagem é elemento forte. 
 Texto atraente, colorido: autor utiliza de recursos diferenciados para chamar atenção.  Frases marcantes: apresenta jogo de palavras.

13. Panfleto Análise do texto “Dengue”. 
 Objetivo: informar e convencer as pessoas sobre o conteúdo.
 Enunciador: 3ª pessoa.
 Objeto: informações sobre a dengue. 
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Suporte: papel, jornal, revista. 
Estrutura interna: apresenta parte escrita (frase curta, na forma imperativa) e ilustrações. 
 Imagem é elemento forte. 
 Pode ser apresentado sob forma desdobrável. 
 Pode conter uma parte informativa curta.

14. Cartaz

   Análise do texto “Campanha de vacinação”. 
 Objetivo: informar e convencer as pessoas sobre o conteúdo. 
 Enunciador: 3ª pessoa. 
 Objeto: informações sobre campanha de vacinação. 
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Suporte: papel.
 Título tem função de atrair o leitor e definir o assunto.
 Estrutura interna: parte escrita (se apresenta com destaque: letras grandes) e ilustrações.  Imagem é elemento forte. 
 Apresenta texto curto (mas que apresenta a essência do assunto), para leitura rápida.

15. História em Quadrinhos

   - Análise do texto “História em quadrinhos do Cebolinha”. 
 Objetivo: entreter.  Enunciador: narrador e personagens. 
 Objeto: fato ocorrido entre Cebolinha e Floquinho. 
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Suporte: gibi, jornal, revista. 
 Narrativa apresentada em sequência, representada por quadros. 
 Estrutura interna: presença de balões, onomatopeias, gestos, expressões, intensificação das palavras (explorar esses elementos, pois são fundamentais neste gênero).
 Linguagem objetiva, simples, informal. 
 Trama conversacional: apresenta discurso direto.
 Imagem complementa e é imprescindível na construção do sentido do texto.

16. Tirinha 
 Objetivo: entreter.
 Enunciador: narrador e personagens. 
Objeto: fato ocorrido entre Cebolinha e Floquinho.
 Destinatário: diferentes leitores. 
 Suporte: internet, jornal, revista.
 Subtipo/ adaptação da história em quadrinhos.
 As informações são preenchidas pelo leitor, na produção de sentidos. 
 Narrativa apresentada em sequência, representada por quadros.
 Estrutura interna: presença de balões, onomatopeias, gestos, expressões, intensificação das palavras (explorar esses elementos, pois são fundamentais neste gênero).
 Linguagem objetiva, simples, informal. 
Trama conversacional: apresenta discurso direto. 
 Imagem complementa e é imprescindível na construção do sentido do texto. 
 Característica forte: humor.

domingo, 15 de setembro de 2013

GÊNEROS TEXTUAIS

TRAVA-LÍNGUAS

Trata-se de uma modalidade de Parlenda. 
É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão – Minguinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho. 
Cascudo (Literatura Oral no Brasil , 1984 ) incluiu o trava - língua nos contos acumulativos , seguindo a classificação de Antti Aarne / Stith Thompson , com o que não concorda Almeida ( Manual de coleta folclórica , 1965 ) , dizendo que os trava-línguas muitas vezes não são estórias , mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas. São antes brincadeiras . 
Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como : ''fale bem depressa ''; ''repita três vezes '' ; ''diga correndo '', e similares. O importante no trava-língua é que ele deve ser repetido de cor , várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível . Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade 

Trava-línguas: 

O peito do pé do pai do padre Pedro é preto. 
A babá boba bebeu o leite do bebê . 
O dedo do Dudu é duro
A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada. 
Quem a paca cara compra , cara a paca pagará 
O Papa papa o papo do pato . 
Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia 
Norma nina o nenê da Neuza 
A chave do chefe Chaves está no chaveiro . 
Sabia que a mãe do sabiá sabia que sabiá sabia assobiar? 
Um limão , dois limões , meio limão . 
É muito socó para um socó só coçar! 
Nunca vi um doce tão doce como este doce de batata-doce! 
O padre pouca capa tem, pouca capa compra . 
Chega de cheiro de cera suja ! 
É preto o prato do pato preto 
Bagre branco ; branco bagre 
Um tigre , dois tigres , três tigres. 
Três tristes tigres trigo comiam . 

A ARANHA E A JARRA
Debaixo da cama tem uma jarra. 
Dentro da jarra tem uma aranha. 
Tanto a aranha arranha a jarra, 
Como a jarra arranha a aranha. 

A LARGATIXA DA TIA

Larga a tia, largatixa! 
Lagartixa, larga a tia! 
Só no dia em que a sua tia
Chamar a largatixa de lagartixa. 

CAJU 
O caju do Juca
E a jaca do cajá. 
O jacá da Juju
E o caju do Cacá. 

LUZIA E OS LUSTRES
Luzia listra os
Lustres listrados. 

MALUCA
Tinha tanta tia tantã. 
Tinha tanta anta antiga. 
Tinha tanta anta que era tia. 
Tinha tanta tia que era anta. 

MOLENGA
Maria-mole é molenga. 
Se não é molenga
não é maria-mole. 
É coisa malemolente, 
nem mala, nem mola, 
nem maria, nem mole. 

NÃO CONFUNDA!
Não confunda ornitorrinco
Com otorrinolaringologista, 
Ornitorrinco com ornitologista, 
Ornitologista com otorrinolaringologista, 
Porque ornitorrinco é ornitorrinco, 
Ornitologista, é ornitologista, 
E otorrinolaringologista é otorrinolaringologista. 

O DESENLADRILHADOR
Essa casa está ladrilhada. 
Quem a desenladrilhará? 
O desenladrilhador que a desenladrilhar, 
Bom desenladrilhador será ! 

O tecelão
Tecelão tece o tecido
Em sete sedas de Sião
Tem sido a seda tecida
Na sorte do tecelão 

Atrás da Pia
Atrás da pia tem um prato
Um pinto e um gato
Pinga a pia, apara o prato
Pia o pinto e mia o gato.

Sapo no saco
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo 
E o papo soltando vento.

Mafagafos
Um ninho de mafagafa
Com sete mafagafinhos
Quem desmafagaguifá
Bom desmafagaguifador será.

VELHO FÉLIX
Lá vem o velho Félix,
Com um fole velho nas costas,
Tanto fede o velho Félix,
Como o fole do velho Félix fede. 

TEMPO
O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo, 
O tempo tem.

SEU TATÁ
O seu Tatá tá?
Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá,tá?

O Pintor Português
PAULO PEREIRA PINTO PEIXOTO,
POBRE PINTOR PORTUGUÊS,
PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS, 
POR PARCO PREÇO, PATRÃO.

O Rato Roeu
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA, 
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DA RÚSSIA, 
O RATO ROEU A ROUPA DO RODOVALHO…
O RATO A ROER ROÍA. 
E A ROSA RITA RAMALHO
DO RATO A ROER SE RIA. 
A RATA ROEU A ROLHA
DA GARRAFA DA RAINHA. 

O PINTO PIA
A PIPA PINGA. 
PINGA A PIPA, 
O PINTO PIA. 
PIPA PINGA. 
QUANTO MAIS
O PINTO PIA
MAIS A PIPA PINGA. 

GATO ESCONDIDO
GATO ESCONDIDO
COM RABO DE FORA
TÁ MAIS ESCONDIDO
QUE RABO ESCONDIDO
COM GATO DE FORA.

O SABIÁ
Sabia que o sabiá
sabia assobiar? 

PAPA PAPÃO
Se o papa papasse pão. 
Se o papa papasse papa. 
Se o papa papasse tudo, 
Seria um papa papão. 

O RATO
O rato roeu a roupa, 
Do rei de Roma. 
e a rainha, de raiva, 
roeu o resto 

Palminha
Palma, palminha, 
Palminha de Guiné 
Pra quando papai vié,
Mamãe dá a papinha, 
Vovó bate cipó, 
Na bundinha do nenê.

SABER
Sabendo o que sei e sabendo
O que sabes e o que não sabes
E o que não sabemos, ambos saberemos
Se somos sábios, sabidos
Ou simplesmente saberemos
Se somos sabedores.

Bão Balalão
Bão, babalão, 
Senhor Capitão, 
Espada na cinta, 
Ginete na mão. 
Em terra de mouro 
Morreu seu irmão,
Cozido e assado 
No seu caldeirão

Ou Bão-balalão!(variação) 
Senhor capitão! 
Em terras de mouro 
Morreu meu irmão, 
Cozido e assado 
Em um caldeirão; 

Lanço o laço no salão.
O lenço, lanço. A lança, não.

Tatu tauató, tatuetê taí.
Tem tanto tatu, não tem 

Fonte: http://www.qdivertido.com.br