Realizar atividades com nomes próprios no início da alfabetização é uma boa estratégia para que as crianças comecem a refletir e conhecer sobre o funcionamento do sistema alfabético. Segundo Ferreiro e Teberosky, no livro Psicogênese da Língua Escrita, o nome próprio torna-se a primeira escrita estável dotada de significação à criança, devido à identidade promovida ao aluno com o uso do seu nome e sua relevância cultural, pois faz parte da sociedade e marca seu território, sendo fonte de satisfação. Ao elaborar boas atividades de leitura e escrita do próprio nome e dos amigos, na fase inicial da alfabetização, a criança é levada a refletir sobre diferentes aspectos do sistema alfabético, como por exemplo:
- As diferenças entre as letras dos outros sinais gráficos;
- A orientação esquerda-direita da escrita;
- A estabilidade dos nomes em relação à quantidade de letras;
- A escrita como significado cultural, já que identifica indivíduos e objetos;
- A ampliação do repertório de letras;
- A possibilidade de perceber que nomes diferentes se escrevem formas distintas;
- A variedade e posição das letras para se escrever um nome.
Cartaz com os nomes
O nome próprio deve ser fonte de consulta para o aprendizado das letras e recurso para a escrita de outros nomes. Uma boa prática para a sala de aula é a seguinte: escreva os nomes dos alunos em ordem alfabética e em letra maiúscula, em um cartaz, para que os alunos possam identificar o próprio nome e o dos colegas, fazendo uso constante para a construção da escrita de novas palavras. Nesse cartaz devem apenas estar escritos os nomes dos alunos e não conter fotos, para promover reflexão constante.
No primeiro mês de aula
Além da construção do cartaz com os nomes, proponha uma sequência de atividades com nomes próprios, como:
- Realizar atividades de escrita do nome nos pertences das crianças e nos trabalhos propostos no dia;
- Realizar escrita do nome no crachá;
- Promover chamada todos os dias, pedindo para que os alunos encontrem os nomes de quem não compareceu à aula, no cartaz de nomes;
- Pedir que encontrem o ajudante do dia no cartaz de nomes dos alunos.
O nome próprio torna-se a primeira escrita estável dotada de significação à criança, devido à identidade promovida ao aluno com o uso do seu nome, e à sua relevância cultural, pois faz parte da sociedade e marca seu território, sendo fonte de satisfação.
Objetivos:
- Ampliar o conhecimento sobre as letras do alfabeto
- Ampliar o conhecimento sobre a escrita do próprio nome e dos nomes dos colegas
- Refletir sobre o sistema alfabético
- Usar as estratégias de leitura Conteúdo: leitura Tempo estimado: até que os alunos escrevam o seu nome e reconheçam os nomes dos colegas.
Organização prévia da atividade:
1. Dobre a folha de sulfite, em posição paisagem, ao meio.
2. Escreva o nome dos alunos (um por sulfite) na parte inferior à dobra realizada com letra maiúscula espaçada).
3. Em seguida, na parte superior, recorte o papel sulfite em tiras de forma que cada tira cubra uma letra formando retângulos em cima das letras. Faça isso com todos os nomes dos alunos.
Atividade:
1. Organize os alunos em roda, sorteie uma das fichas e instigue-os a descobrir de quem é o nome.
2. Levante um retângulo de cada vez, como se abrisse uma “janela” para cada letra e permita que, a cada letra, os alunos usem suas estratégias de leitura para reconhecer de quem é o nome escolhido.
É importante que você realize intervenções para cada “janela aberta”, como por exemplo: ao abrir a letra G, de Gabriel, pergunte: “Qual o nome dessa letra?” ou “Quais são os nomes que iniciam com a letra G?”. Sugira dicas quando necessário. Por exemplo: “Esse nome é escrito com poucas letras”; “esse nome é de uma menina”; “procure no quadro de nomes, quais são os alunos que possuem o nome terminado com L”; “leia o alfabeto no cartaz para descobrir qual é a essa letra”; “esse nome começa igual ao de Guilherme e Gabriela”. Essa atividade proporcionará a reflexão sobre as letras e seu uso para a construção da estabilidade permitida com o nome próprio.
Inclusão:
Essa atividade pode ser realizada por todos os alunos, inclusive se houver um aluno com deficiência intelectual, pois a construção do sistema alfabético, também para ele, acontecerá com o uso das estratégias de leitura constantemente. O que muda nessa compreensão é o ritmo de aprendizagem, portanto, quanto mais o aluno for colocado em situações de leitura e escrita, mais próximo da construção do sistema alfabético estará. Nesta atividade deixe-o participar com o coletivo. É importante, na medida do possível, trazer o nome dele para discussão, para que reconheça seu próprio nome.
Objetivos:
- Ampliar o conhecimento sobre as letras do alfabeto
- Ampliar o conhecimento sobre a escrita do próprio nome e dos nomes dos colegas
- Refletir sobre o sistema alfabético
- Usar as estratégias de leitura Conteúdo: leitura Tempo estimado: até que os alunos escrevam o seu nome e reconheçam os nomes dos colegas.
Organização prévia da atividade:
1. Dobre a folha de sulfite, em posição paisagem, ao meio.
2. Escreva o nome dos alunos (um por sulfite) na parte inferior à dobra realizada com letra maiúscula espaçada).
3. Em seguida, na parte superior, recorte o papel sulfite em tiras de forma que cada tira cubra uma letra formando retângulos em cima das letras. Faça isso com todos os nomes dos alunos.
Atividade:
1. Organize os alunos em roda, sorteie uma das fichas e instigue-os a descobrir de quem é o nome.
2. Levante um retângulo de cada vez, como se abrisse uma “janela” para cada letra e permita que, a cada letra, os alunos usem suas estratégias de leitura para reconhecer de quem é o nome escolhido.
É importante que você realize intervenções para cada “janela aberta”, como por exemplo: ao abrir a letra G, de Gabriel, pergunte: “Qual o nome dessa letra?” ou “Quais são os nomes que iniciam com a letra G?”. Sugira dicas quando necessário. Por exemplo: “Esse nome é escrito com poucas letras”; “esse nome é de uma menina”; “procure no quadro de nomes, quais são os alunos que possuem o nome terminado com L”; “leia o alfabeto no cartaz para descobrir qual é a essa letra”; “esse nome começa igual ao de Guilherme e Gabriela”. Essa atividade proporcionará a reflexão sobre as letras e seu uso para a construção da estabilidade permitida com o nome próprio.
Inclusão:
Essa atividade pode ser realizada por todos os alunos, inclusive se houver um aluno com deficiência intelectual, pois a construção do sistema alfabético, também para ele, acontecerá com o uso das estratégias de leitura constantemente. O que muda nessa compreensão é o ritmo de aprendizagem, portanto, quanto mais o aluno for colocado em situações de leitura e escrita, mais próximo da construção do sistema alfabético estará. Nesta atividade deixe-o participar com o coletivo. É importante, na medida do possível, trazer o nome dele para discussão, para que reconheça seu próprio nome.
★ Utilizar estratégias de leitura (seleção, antecipação e verificação), considerando aquilo que já sabem sobre o sistema de escrita, para localizar os nomes pedidos
★ Ampliar o conhecimento do seu nome e do nome dos colegas
★ Refletir sobre o sistema alfabético
Conteúdo: leitura
Separar nomes de meninos e meninas
Materiais:
- Papel sulfite
- Tesoura
- Caneta hidrocor
Organização prévia da atividade:
1. Produza fichas em sulfite ou cartolina com os nomes dos alunos (uma ficha para cada nome). É importante que anterior a essa atividade você já tenha realizado algumas análises dos nomes com os alunos, no cartaz em ordem alfabética, como por exemplo: “quais nomes terminam com “A”?”; “Quais nomes terminam com O?”; “quais são meninas e quais são meninos?”; “com quais letras terminam outros nomes?”.
2. Separe os alunos em grupos.
Atividade:
1. Distribua nos grupos alguns nomes de meninos e meninas. Peça que os alunos descubram de quem são os nomes, se são de meninas ou de meninos, e separem em dois grupos. Tome o cuidado para não distribuir o nome de um dos alunos que estiver no grupo, pois mesmo que seja o primeiro ano de escolaridade dos alunos, eles já possuem conhecimento sobre letras do seu nome, impedindo a reflexão dos demais.
2. Escolha alguns grupos e faça as seguintes intervenções: “Você sabe de quem é esse nome?”; “esse nome termina com qual letra?”; “se termina com O, pode ser menino ou menina?”; “esse nome começa igual ao de Raquel e Rafael. Quem da nossa turma também começa igual a esses nomes?”.
3. Após a reflexão e intervenção nos grupos, coletivamente, peça para que um grupo de cada vez organize sua lista de meninos e de meninas, com as fichas na lousa, produzindo uma nova discussão.
Inclusão:
Se na turma houver algum aluno com surdez, é um excelente momento para ensinar aos amiguinhos alguns sinais, como o de “nome” ou a datilologia do nome (alfabeto em Libras). É importante que o aluno com surdez compreenda o comando e possa tentar descobrir de quem é o nome, apontando os amigos.
Objetivos:
Avançar no conhecimento da escrita ao escrever segundo suas hipóteses e confrontar o que sabe com o colega.
Refletir sobre o sistema alfabético
Conteúdo: escrita de nomes próprios
Cartaz do aniversariante do mês (contexto de comunicação real)
Materiais:
- Letras móveis
Organização prévia da atividade:
1. Construa uma caixa com divisórias, com letras móveis, organizadas em ordem alfabética.
2. Organize os alunos em duplas e distribua a caixa de letras móveis. As duplas devem ser formadas levando em conta os saberes dos alunos. O critério nessa atividade será agrupar os alunos com saberes próximos. A professora apenas conhecerá os saberes dos alunos, realizando sondagem antecipadamente.
Atividade:
1. Explique o motivo pelo qual a escrita dos nomes será realizada, justificando a importância da construção do mural com nomes dos aniversariantes do mês (neste caso, de janeiro e fevereiro) para o grupo.
2. Pergunte aos alunos quem faz aniversário no mês de fevereiro. Após a identificação dos alunos, dite para o grupo o nome do primeiro aluno que faz aniversário em fevereiro. As crianças em duplas devem escolher quais letras móveis utilizarão para construção do nome do colega. Nesse momento é importante tampar ou retirar o cartaz de nomes exposto na sala, para evitar cópia dos alunos. É uma situação de confronto de hipóteses de escrita.
3. Escolha duplas para realizar intervenções pontuais, como: “Com que letra começa o nome de Mariana?” “Mariana começa igual ao seu nome?”; “cada aluno coloca uma letra”; “se André acha que é a letra M e Fernando acha que é a letra A que usa para escrever Mariana, como podemos resolver essa situação?”.
4. Não é preciso que os alunos alcancem a escrita convencional.
5. Após a tentativa da escrita nas duplas, escolha algumas escritas e copie-as na lousa, confrontando-as.
6. Ao fazer o cartaz dos aniversariantes, peça para o aniversariante do mês escrever o próprio nome, e se ele ainda não souber sozinho, apresente o modelo.
Inclusão:
Se na turma houver algum aluno com deficiência física, que tem dificuldade para pegar as letras móveis, devido ao tamanho, construa letras móveis maiores, imantadas, para facilitar. Ou peça que o outro aluno da dupla seja o escriba, e o aluno com deficiência dite as letras da palavra que deve ser escrita.
Fonte: Guia Prático da Educação Infantil
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