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FÁBULAS
A raposa e o galo
A raposa
encontrou o galo e lhe propôs uma aposta:
- Compadre,
vamos ver quem passa mais tempo com os olhos fechados?
- Vamos! -
topou o galo.
Então a
raposa fechou os olhos, e o galo fechou um e deixou o outro aberto.
A raposa,
que estava procurando um momento para abocanhar o galo, abriu os olhos e o viu
com um olho fechado e outro aberto. Reclamou:
- Compadre
galo, é pra fechar os dois olhos!
- Não,
comadre raposa! Com amigo incerto é um olho fechado e outro aberto!...
MORAL:
"Com amigo incerto é um olho fechado e outro aberto!..."
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O CÃO E SEU REFLEXO
Um cão estava
se sentindo muito orgulhoso de si mesmo. Achara um enorme pedaço de carne e a
levava na boca, pretendendo devorá-lo em paz em algum lugar.
Ele
chegou a um curso rio e começou a cruzar a estreita ponte que o levava para o
outro lado. De repente, parou e olhou para baixo. Na superfície da água, viu
seu próprio reflexo brilhando.
O cão
não se deu conta que estava olhando para si mesmo. Julgou estar vendo outro cão
com um pedaço de carne na boca.
Opa!
Aquele pedaço de carne é maior que o meu, pensou ele. Vou pegá-lo e
correr. Dito e feito. Largou seu pedaço
de carne para pegar o que estava na boca do outro cão. Naturalmente, seu pedaço
caiu n`água e foi parar bem no fundo, deixando-o sem nada.
MORAL: Quem tudo quer tudo perde.
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O Lobo e o Cordeiro
Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno
era inclinado e por isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a
cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.
- Como é que você tem a coragem de sujar a água que
eu bebo - disse o lobo, que estava alguns dias sem comer e procurava algum
animal apetitoso para matar a fome.
- Senhor - respondeu o cordeiro - não precisa ficar
com raiva porque eu não estou sujando nada. Bebo aqui, uns vinte passos mais
abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando.
- Você agita a água - continuou o lobo ameaçador - e
sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu
ainda não tinha nascido.
O lobo pensou um pouco e disse:
- se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo.
- Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho
único.
- Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um
pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue.
Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o
lobo saltou sobre o cordeiro,agarrou-o com os dentes e o levou para comer num
lugar mais sossegado.
MORAL: A
razão do mais forte é sempre a melhor.
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Os
dois sapos
Numa empresa de laticínios, dois sapos
desastradamente saltaram para dentro de um balde de leite cremoso.
- É melhor desistir. - coaxou um dos sapos, depois de
tentar em vão, sair do balde. - Vamos morrer!
- Continua a nadar. - disse o segundo sapo. - Havemos
de encontrar maneira de sair deste atoleiro!
- Não adianta! - disse o primeiro. - Isto é grosso
demais para nadar, mole demais para saltar e escorregadio demais para rastejar.
Um dia temos mesmo de morrer, por isso, tanto faz que seja esta noite.
Afundou-se no balde e acabou por morrer.
O amigo porem, continuou a nadar, a nadar, a nadar, e
quando amanheceu, viu-se encarrapitado num monte de manteiga que ele, sozinho,
havia batido.
Lá estava o sapo, com um sorriso, comendo as moscas
que enxameavam, vindas de todas as direções.
Moral: Não há conquista sem luta...
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A Lebre e a Tartaruga
A lebre estava se vangloriando de sua rapidez,
perante os outros animais:
- Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a
tomarem parte numa corrida comigo.
- Aceito o desafio! Disse a tartaruga calmamente.
- Isto parece brincadeira. Poderi dançar à sua volta,
por todo o caminho, respondeu a lebre.
- Guarde sua presunção até ver quem ganha. recomendou
a tartaruga.
A um sinal dado pelos outros animais, as duas
partiram. A lebre saiu a toda velocidade. Mais adiante, para demonstrar seu
desprezo pela rival, deitou-se e tirou uma soneca.
A tartaruga continuou avançando, com muita
perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não
teve tempo de correr, para chegar primeiro.
moral: Com
perseverança, tudo se alcança
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A Gansa que Punha Ovos de Ouro
"Um homem possuía uma gansa que, toda manhã,
punha um ovo de ouro. Vendendo estes ovos preciosos, ele estava acumulando uma
grande fortuna. Quanto mais rico ficava, porém, mais avarento se tornava.
Começou a achar que um ovo só, por dia, era pouco.
"Porque não põe dois ovos, quatro ou
cinco?" pensava ele. "Provavelmente, se eu abrir a barriga desta ave,
encontrarei uma centena de ovos e viverei como um nababo". Assim pensando,
matou a gansa abriu-lhe a barriga e, naturalmente, nada encontrou."
moral: Quem tudo quer, tudo perde
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A raposa e as uvas
Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma
parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravam, muito alto, em cima de sua cabeça. A
raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas mas,por mais que
pulasse, não conseguia abocanhá-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os
apetitosos cachos e disse:- Estão verdes . . .
Moral: É fácil
desdenhar daquilo que não se alcança.
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A raposa e a máscara
Um dia uma raposa entrou na casa de um ator e
encontrou uma linda máscara no meio de uma pilha de objetos usados no teatro.
Encostando a pata na máscara, disse:
- Que belo rosto temos aqui! Pena que não tenha
cérebro.
Moral: Uma bela aparência não substitui o valor do
espírito.
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O gato, o galo e o ratinho
Um ratinho vivia num buraco com sua mãe. depois de
sair sozinho pela primeira vez, contou a ela:
- Mãe, você não imagina os bichos estranhos que
encontrei! Um era bonito e delicado, tinha um pêlo muito macio e um rabo
elegante, um rabo que se movia formando ondas. O outro era um monstro horrível!
No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha pedaços de carne crua, que
balançavam quando ele andava. De repente os lados do corpo dele se sacudiram e
ele deu um grito apavorante. Fiquei com tanto medo que fugi correndo, bem na
hora que ia conversar um pouco com o simpático.
- Ah, meu filho! – respondeu a mãe. – Esse seu
monstro era uma ave inofensiva; o outro era um gato feroz, que num segundo
teria te devorado.
Moral: Jamais confie nas aparências.
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A cigarra e as formigas
Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o
maior trabalho para secar suas reservas de trigo. Depois de uma chuvarada, os
grãos tinham ficado completamente molhados. De repente aparece uma cigarra:
- Por favor, formiguinhas, me dêem um pouco de trigo!
Estou com uma fome danada, acho que vou morrer.
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era
contra os princípios delas, e perguntaram:
- Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por
acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
- Para falar a verdade, não tive tempo – respondeu a
cigarra. – Passei o verão cantando!
- Bom... Se você passou o verão cantando, que tal
passar o inverno dançando? – disseram as formigas, e voltaram para o trabalho
dando risada.
Moral: Os preguiçosos colhem o que merecem.
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O leão e o mosquito
Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava
de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima.
-Você está achando que vou ficar com medo de você só
porque você pensa que é rei? – disse ele altivo, e em seguida voou para
o leão e deu uma picada ardida no seu focinho.
Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a
única coisa que consegui foi arranhar-se com as próprias garras. O mosquito
continuou picando o leão, que começou a urrar como um louco. No fim, exausto,
enfurecido e coberto de feridas provocadas por seus próprios dentes e garras, o
leão se rendeu. O mosquito foi embora zumbindo para contar a todo mundo que
tinha vencido o leão, mas entrou direto numa teia de aranha. Ali o vencedor do
rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma aranha minúscula.
Moral: muitas vezes o menor de nossos inimigos é o
mais temível.
O galo e a raposa
O galo cacarejava em cima de uma árvore.
Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma estratégia para que ele descesse e
fosse o prato principal de seu almoço.
-Você já ficou sabendo da grande novidade, galo? –
perguntou a raposa.
-Não. Que novidade é essa?
-Acaba de ser assinada uma proclamação de paz entre
todos os bichos da terra, da água e do ar. De hoje em diante, ninguém persegue
mais ninguém. No reino animal haverá apenas paz, harmonia e amor.
-Isso parece inacreditável! – comentou o galo.
-Vamos, desça da árvore que eu lhe darei mais
detalhes sobre o assunto – disse a raposa.
O galo, que de bobo não tinha nada, desconfiou que
tudo não passava de um estratagema da raposa. Então, fingiu estar vendo alguém
se aproximando.
-Quem vem lá? Quem vem lá? – perguntou a raposa
curiosa.
-Uma matilha de cães de caça – respondeu o galo.
-Bem...nesse caso é melhor eu me apressar –
desculpou-se a raposa.
-O que é isso, raposa? Você está com medo? Se a tal
proclamação está mesmo em vigor, não há nada a temer. Os cães de caça não vão
atacá-la como costumava fazer.
-Talvez eles
ainda não saibam da proclamação. Adeusinho!
E lá se foi a raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra
presa para o seu almoço.
Moral: é preciso ter cuidado com amizades repentinas.
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A raposa e o corvo
Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore
com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa. Vendo o corvo com o
queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo. Com
esta idéia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:
-Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que
beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para
combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado
rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade.
Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro
"Cróóó!" . O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro
aquela delícia, dizendo:
-Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem.
O que não tem é inteligência!
Moral: cuidado com quem muito elogia.
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O sapo e o boi
Há muito, muito tempo existiu um boi imponente. Um
dia o boi estava dando seu passeio da tarde quando um pobre sapo todo mal
vestido olhou para ele e ficou maravilhado. Cheio de inveja daquele boi que
parecia o dono do mundo, o sapo chamou os amigos.
– Olhem só o tamanho do sujeito! Até que ele é
elegante, mas grande coisa; se eu quisesse também era.
Dizendo isso o sapo começou a estufar a barriga e em pouco tempo já
estava com o dobro do seu tamanho normal.
– Já estou grande que nem ele? – perguntou aos outros
sapos.
– Não, ainda está longe!- responderam os amigos.
O sapo se estufou mais um pouco e repetiu a pergunta.
– Não – disseram de novo os outros sapos -, e é
melhor você parar com isso porque senão vai acabar se machucando.
Mas era tanta vontade do sapo de imitar o boi que ele
continuou se estufando, estufando, estufando – até estourar.
Moral: Seja sempre você mesmo.
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A cegonha e a raposa
Um dia a
raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para um jantar. Mas preparou para
a amiga uma porção de comidas moles, líquidas, que ela servia sobre uma pedra
lisa.
Ora, a
cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforçasse só conseguia bicar a
comida, machucando seu bico e não comendo nada. A raposa insistia para que a
cegonha comesse, mas ela não conseguia, e acabou indo para casa com fome.
Então, a
cegonha, em outra
ocasião , convidou a raposa para jantar com ela.
Preparou
comidas cheirosas e colocou em vasos compridos e altos, onde seu bico entrava
com facilidade, mas o focinho da raposa não alcançava. Foi a vez da raposa
voltar para casa desapontada e faminta.
MORAL:
"Não faça aos outros o que não quer que lhe façam."
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O ratinho, o gato e o galo
Certa manhã
um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Queria conhecer o mundo e travar
relações com tanta coisa bonita de que falavam seus amigos.
Admirou a
luz do sol, o verdor das árvores, a correnteza dos ribeirões, a habitação dos
homens. E acabou penetrando no quintal de uma casa da roça.
- Sim
senhor! É interessante isto!
Examinou
tudo minuciosamente, farejou a tulha de milho e a estrebaria. Em seguida notou no
terreiro um certo animal de belo pêlo que dormia sossegado ao sol. Aproximou-se
dele e farejou-o sem receio nenhum.
Nisto
aparece um galo, que bate as asas e canta.
O ratinho
por um triz que não morreu de susto. Arrepiou-se todo e disparou como um raio
para a toca. Lá contou à mamãe as aventuras do passeio.
- Observei
muita coisa interessante - disse ele - mas nada me impressionou tanto como dois
animais que vi no terreiro. Um, de pêlo macio e ar bondoso, seduziu-me logo.
Devia ser um desses bons amigos da nossa gente, e lamentei que estivesse a
dormir, impedindo-me assim de cumprimentá-lo.
O outro...
Ai, que ainda me bate o coração! O outro era um bicho feroz, de penas amarelas,
bico pontudo, crista vermelha, e aspecto ameaçador. Bateu as asas
barulhentamente, abriu o bico e soltou um có-ri-có-có tamanho que quase cai de
costas. Fugi. Fugi com quantas pernas tinha, percebendo que devia ser o famoso
gato que tamanha destruição faz no nosso povo.
A
mamãe-rata assustou e disse:
- Como te
enganas, meu filho! O bicho de pêlo macio e ar bondoso é que é o terrível gato.
O outro, barulhento e espaventado, de olhar feroz e crista rubra, o outro,
filhinho, é o galo, uma ave que nunca nos fez mal nenhum. As aparências
enganam. Aproveita, pois, a lição e fica sabendo que - quem vê cara não vê
coração.
Monteiro Lobato
MORAL:
"Quem vê cara não vê coração."
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O pintassilgo
Ao voltar
para o ninho, trazendo no bico uma minhoca, o pintassilgo não encontrou seus filhotes.
Alguém os havia levado embora durante sua ausência.
Começou a
procurá-los por toda parte, chorando e gritando. A floresta inteira ecoava seus
gritos, mas ninguém respondia.
Dia e
noite, sem comer nem dormir, o pintassilgo procurou seus filhotes, examinando
todas as árvores e olhando dentro de todos os ninhos.
Certo dia
um pássaro lhe disse:
- Acho que
vi seus filhotes na casa do fazendeiro.
O
pintassilgo voou, cheio de esperança, e logo chegou à casa do fazendeiro.
Pousou no telhado, mas lá não havia ninguém. Voou para o pátio - ninguém.
Então,
levantando a cabeça, viu uma gaiola pendurada do lado de fora de uma janela. Os
filhotes estavam presos lá dentro.
Ao verem a
mãe subindo pela grade da gaiola, os filhotes começaram a piar, suplicando-lhe
que os libertasse. O pintassilgo tentou quebrar as grades com o bico e com as
patas, mas foi em vão.
Em seguida,
com um grito de grande tristeza, voou novamente para a floresta.
No dia
seguinte o pintassilgo voltou para junto da gaiola dentro da qual seus filhotes
estavam presos. Fitou-os longamente, com o coração carregado de tristeza. Em seguida alimentou-os um
a um, através das grades, pela última vez.
Levara-lhes uma erva venenosa, e os passarinhos
morreram.
- Antes a
morte - disse o pintassilgo - do que perder a liberdade.
Leonardo da Vinci
MORAL: "Antes a morte do que perder a
liberdade."
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O jabuti e a onça
Certa vez,
o jabuti pegou a sua gaita e tocou assim:
- O osso da
onça é a minha gaita, ih, ih, ih,...
A onça, que
passava por perto, ficou irritada e correu para pegá-lo. Mas o jabuti meteu-se
num buraco adentro e a onça só conseguiu agarrar-lhe a perna.
O jabuti
deu uma risada e disse:
- Pensa que
agarrou minha perna? Agarrou foi uma raiz de pau!
A onça
largou então a perna do jabuti, que deu uma segunda risada:
- Ora, dona
onça, de fato você agora soltou a minha perna.
A grande
tola, ao saber disto, ficou furiosa e durante muito tempo esperou o jabuti
sair. Mas o jabuti, que era muito paciente, foi ficando, foi ficando, até a
onça desistir e ir embora.
MORAL: "A inteligência vence a força"
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A coruja e a águia
Coruja e
águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
- Basta de
guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos
a comer os filhotes uma da outra.
-
Perfeitamente - respondeu a águia. - Também eu não quero outra coisa.
- Nesse
caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito
bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes?
- Coisa
fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo,
alegres, cheio de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma
outra ave, já sabes, são os meus.
- Está
feito! - concluiu a águia.
Dias
depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro,
que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis
bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os
filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o
desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
- Quê? -
disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrinhos? Pois, olha, não se
pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
MORAL:
"Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai.”
Já diz o ditado: ”Quem o feio ama, bonito lhe
parece."
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O velho galo e a raposa
Um velho
galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A
raposa, desapontada, murmurou consigo: "Deixa estar, seu malandro, que já
te curo!..." E em voz
alta :
- Amigo, venho
contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e
cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos agora
andam aos beijos, como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu
abraço de paz e amor.
- Muito
bem! - exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai
ficar o mundo, limpo de guerras, deslealdades e traições! Vou já descer para
abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom
esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir
falar em cachorro
dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se
ao fresco, dizendo:
-
Infelizmente, amigo Có-ri-có-có, tenho presa e não posso esperar pelos amigos
cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E
raspou-se.
MORAL:
"Contra esperteza, esperteza e meia."
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O astrônomo
Um
astrônomo tinha o costume de passear todas as noites, estudando os astros. Um
dia em que vagava por
fora da cidade, distraído na contemplação do céu, caiu sem querer num buraco.
Ele reclamou um pouco e depois começou a gritar por socorro. Por sorte, um
homem passou por ali e aproximou-se para saber o que tinha acontecido.
Informado dos fatos, disse:
- Meu
amigo! Você quer ver o que existe no céu e não vê o que existe na Terra?
MORAL:
"Tudo bem em
olhar e conhecer ao nosso redor, mas antes, temos que saber
onde estamos parados."
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Lição de esperteza
Um dia um
pica-pau, depois de muito voar, sentiu sede.
Pousou em um telhado , olhou em
volta, e não viu nem sombra de água. Cansado e sedento como estava, já se
preparava para voar, quando viu uma garrafa cheia de água na varanda de uma
casa próxima. Quando foi bebe - que decepção! A água só chegava até o gargalo e
seu bico pequenino não chegava até ela.
Pôs-se a
dar bicadas na garrafa para fazer um buraquinho, mas em vão, pois, o vidro era
mais duro do que o seu bico. Tentou, então, tombar a garrafa, entornar a água,
mas a garrafa era muito pesada. Desistiu de tudo e encarapitou-se no corrimão
da varanda para pensar um meio melhor. O pica-pau era teimoso, quando queria
uma coisa queria mesmo...
Começou a
pensar, a pensar... De repente, bateu as asas de contente: tinha achado a
solução para o problema. E pôs-se a executá-la. Apanhou com o bico uma pedrinha
no chão e deixou-a cair dentro da garrafa; voltou a apanhar outra, logo apanhou
a terceira e, assim, continuou deixando cair pedrinhas dentro da garrafa. A
água foi subindo, subindo, até que chegou à boca. Então, o pica-pau pôde beber
à vontade.
MORAL:
"Paciência e raciocínio tudo vencem."
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A raposa e o
javali
Estava um
Javali na floresta a afiar os dentes numa árvore, quando apareceu uma Raposa.
Vendo o que o Javali estava a fazer, perguntou-lhe:
- Por que estás a afiar os dentes? Os caçadores não
saíram hoje e não vejo outro perigo por perto.
- É verdade, minha amiga - respondeu o Javali. - Mas,
no momento em que a minha
vida correr perigo preciso de usar os dentes e, então, será tarde demais para
os afiar.
Moral da história: Prepara-te para as dificuldades.
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A formiga e a pomba
Uma Formiga foi à margem do rio para beber água e,
sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma Pomba que estava numa árvore sobre a água,
arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto dela. A Formiga subiu na
folha e flutuou em
segurança até a margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por
baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da Pomba que
repousava nos galhos alheia ao perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma
ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e, isso deu chance
para que a Pomba voasse para longe a salvo. Moral da História: Quem é grato de coração sempre encontrará
oportunidades para mostrar sua gratidão.
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O carvalho e os juncos
Um grande carvalho foi arrancado do chão pela
ventania e arrastado por forte correnteza. Então dentro da água ele se viu no
meio de alguns Juncos, e, assim lhes falou:
- Gostaria de ser como vocês que de tão esguios e
frágeis não são de modo algum afetados por estes fortes ventos.
Eles responderam:
- Você lutou e competiu com o vento, e,
consequentemente foi destruído. Nós, ao contrário, nos curvamos diante do mais
leve sopro de ar, e, por esta razão permanecemos inteiros e a salvo.
Moral da História: Para vencermos o mais forte, não
devemos usar a força e sim a gentileza e a humildade.
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O filhote de cervo e sua mãe
Certa vez um jovem Cervo conversava com sua mãe:
- Mãe você é maior que um Lobo, é também mais veloz e
possui chifres poderosos para se defender, por que então você os teme tanto?
A Mãe amargamente sorriu e disse:
- Tudo que você falou é verdade meu filho, mesmo
assim quando eu escuto um simples latido de Lobo, me sinto fraca e só penso em correr o mais que
puder.
Moral da História:
Para a maioria das pessoas, é mais cômodo conviver com seus medos e
fraquezas, mesmo sabendo que podem superá-los.
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Um asno em pele de
leão
Um Asno, tendo colocado sobre seu corpo uma pele de
Leão, vagou pela floresta e divertia-se com o pavor dos animais que ia
encontrando pelo seu caminho.
Por fim encontrou uma Raposa, e, ele tentou
amedrontá-la também. Mas Raposa tão logo escutou o som de sua voz, exclamou:
- Eu provavelmente teria me assustado, se antes não
tivesse escutado seu zurro.
Moral da História:
Um tolo pode se esconder com belas roupas, mas suas palavras dirão a
todos quem na verdade é.
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O galo e a pedra preciosa
Um Galo que procurava no terreiro alimento para ele e
suas galinhas encontrou uma pedra preciosa de grande beleza e valor, ao que
exclamou:
- Se seu dono tivesse te encontrado ao invés de mim,
ele com certeza iria dançar e pular de alegria e também decerto iria te louvar;
no entanto eu te achei e de nada me serves. Teria preferido achar um simples
grão de milho que todas as jóias do MUNDO!
Moral da História:
A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
Colei estas fábulas em cartolina, encapei com
plástico para que os alunos possam manuseá-las sem amassar ou rasgar. Eles
fazem leitura silenciosa, oral, em dupla. Peço também
para tentem identificar um outra moral na história, que escrevam
um novo final.
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A GANSA DOS OVOS
DE OURO
Certa manhã, um
fazendeiro descobriu que sua gansa tinha posto um ovo de ouro. Apanhou o ovo,
correu para casa, mostrou-o à mulher, dizendo:
_ Veja! Estamos
ricos!
Levou o ovo ao
mercado e vendeu-o por um bom preço.
Na manhã seguinte, a
gansa tinha posto outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu a melhor preço. E
assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava o fazendeiro,
mais dinheiro queria. E pensou:
"Se esta gansa
põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!"
Matou a gansa e, por
dentro, a gansa era igual a qualquer outra.
Moral da História:
Quem tudo quer tudo
perde.
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A LEITEIRA E O BALDE
Uma leiteira ia a
caminho do mercado. Na cabeça, levava um grande balde de leite. Enquanto
andava, ia pensando no dinheiro que ganharia com a venda do leite:
- Comprarei umas
galinhas. As galinhas botarão ovos todos os dias. Venderei os ovos a bom preço.
Com o dinheiro dos ovos, comprarei uma saia e um chapéu novos. De que cor?
Verde, tudo verde,
que é a cor que me assenta bem. Irei ao mercado de vestido novo. Os rapazes me
admirarão, me acompanharão, me dirão galanteios, e eu sacudirei a cabeça ...
assim! . . .
E sacudiu a
cabeça. O balde caiu no chão e o leite todo espalhou-se. A leiteira voltou com
o balde vazio.
MORAL DA HISTÓRIA:
Não se deve contar hoje com o lucros de amanhã!
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O CERVO E O LEÃO
Num belo dia de
verão, um cervo chegou até junto a um regato, para beber. Quando inclinou a
cabeça, viu na água a própria imagem e exclamou, orgulhoso:
- Oh, como eu sou
bonito e que bonitos são meus chifres!
Aproximou-se mais e
viu o reflexo das próprias pernas dentro da água:
- Mas como são finas
as minhas pernas . . . - observou com tristeza.
Nesse momento surgiu
um leão que saltou sobre o cervo.
O cervo disparou
pela campina, com tanta velocidade que o leão não podia pegá-lo. Aí, o cervo
entrou por dentro da floresta e logo os seus chifres se embaraçaram nos galhos
das árvores. Em
poucos instantes o leão saltava sobre o prisioneiro.
- Ai de mim! - gemeu
o cervo. - Senti orgulho de meus chifres e desprezei minhas pernas . . . no
entanto, estas me salvariam e estes causaram minha perda . . .
MORAL DA HISTÓRIA:
"Muitas vezes desdenhamos do que temos de melhor."
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O GALO E A JÓIA
Um galo estava
ciscando no terreiro e, no meio da suja poeira, encontrou uma jóia.
-Ah - disse, triste,
o galo - como ficaria feliz o meu dono se encontrasse esta jóia! Para mim,
porém, ela é completamente inútil; eu preferiria ter achado um sabugo de milho
. . .
Moral da história: O
que para uns tem valor, para outros nada vale.
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O CORVO E O JARRO
Um corvo morria de
sede e se aproximou de um jarro, que uma vez vira cheio d'água. Mas,
desapontado, verificou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la
com o bico. Tentou derramar o jarro mas era impossível: o jarro era pesado
demais.
De repente, viu ali
perto um monte de bolas de gude. Apanhou com o bico uma das bolas e jogou
dentro do jarro. Depois outra. E outra mais. E outra. E a cada bola que jogava,
a água subia. Jogou tantas bolas dentro do jarro que a água subiu-lhe até o
gargalo. E o corvo pode beber.
MORAL DA HISTÓRIA:
Onde a força falha, a inteligência vence.
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O PESCADOR E O
PEIXE
Um pescador estava
pescando e, depois de horas de pescaria, conseguiu apanhar um peixe muito
pequeno. O peixinho lhe disse:
- Poupe minha vida e
jogue-me de novo no mar. Dentro de pouco tempo, estarei crescido e você poderá
pescar um peixe grande!
O pescador
respondeu:
- Eu seria um tolo
se te soltasse por uma pescaria incerta . . .
moral da história:
Mais vale a certeza de hoje do que a incerteza de amanhã.
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O CONSELHO DOS
CAMUNDONGOS
Um dia os
camundongos se reuniram para decidir a melhor maneira de lutar contra o inimigo
comum, o gato. Discutiram horas seguidas, sem encontrar um bom plano.
Afinal, um ratinho
pediu a palavra e falou:
- Sabemos que o
grande perigo é quando o gato se aproxima tão mansamente que não percebemos sua
presença. Proponho que se coloque um guizo no pescoço do gato. graças ao
barulho do guizo, saberemos da aproximação do gato, e teremos tempo para fugir.
Todos aplaudiram a
idéia brilhante. Mas um ratinho mais experimentado pediu também a palavra e
disse:
- A idéia é muito
boa. Mas que vai pendurar o guizo no pescoço do gato?
moral da história: É
mais fácil falar do que fazer.
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O PASTORZINHO E O LOBO
Todos os dias, um
jovem pastor levava um rebanho de ovelhas às montanhas perto da aldeia. Um dia,
por brincadeira, ele correu de lá de cima gritando:
- Um lobo! Um lobo!
Os HABITANTES da
aldeia trataram de apanhar pedaços de pau para caçar o lobo. E encontraram o
pastorzinho às gargalhadas, dizendo:
- Eu só queria
brincar com vocês!
E, vendo que a
brincadeira realmente assustava os aldeões, gritou no dia seguinte:
- Um lobo!
E novamente os
moradores da aldeia trataram de apanhar suas armas de madeira.
Tantas vezes o fez
que a gente da aldeia não prestava mais atenção aos seus gritos. Mais uns dias
e ele volta a gritar:
- Um lobo! Um lobo!
Socorram-me!
Um dos homens disse
aos outros:
- Já não acredito.
Ele não nos engana mais.
E era de fato um
lobo, que dizimou todo o rebanho do pastorzinho.
moral da história:
Ninguém acredita num mentiroso, mesmo quando ele diz a verdade.
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AS LEBRES E AS RÃS
As lebres, animais
tímidos por natureza, se sentiam oprimidas por causa da sua excessiva timidez,
e cansadas de viverem em
constante alerta , temendo a tudo e a todos, o tempo todo.
Assim que elas
correram, todas de uma só vez, para colocar em prática sua decisão ,
as Rãs que repousavam nas margens do lago escutaram o barulho dos seus pés, e
desesperadas e tomadas de pânico, fugiram para o fundo da água em busca de segurança.
Ao ver o desespero
das ãs em fuga, uma das ebres, rogou aos seus companheiros:
- Fiquem meus
amigos, não façam isso que estão pretendendo, vimos agora que existem criaturas
que vivem mais aterrorizadas que nós.
Moral a istória: É
uma grande ilusão e egoísmo, acharmos que nossos problemas são os maiores do
mundo e que, apenas nós os temos.
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A LEBRE E A
TARTARUGA
A lebre, muito
gabola, vivia contando para todos que era o animal mais veloz do mundo. Por
isso gostava da apostar corridas.
Dona Lebre já tinha
nas corridas um casaco de peles da onça malhada e um pote de mel do amigo urso.
- Olhem só! Outro
dia fiz uma corrida com o Sol e ganhei fácil. Ele até se escondeu, todo
envergonhado, atrás de uma nuvem - disse a lebre.
- Corto minhas
orelhas se alguém ganhar de mim. Desafio todos os animais da floresta - disse
novamente a lebre.
A tartaruga, muito
calma, aceito o desafio:
- Aceito e darei a
você a minha casa se eu perder.
O corredores dariam
a volta ao redor da Floresta Encantada, voltando ao ponto de partida.
Partiram. A lebre
correu como o vento e a tartaruga saiu lentamente.
Depois de algum
tempo a lebre olhou para trás e, vendo que a tartaruga estava muito longe,
resolveu tirar uma soneca.
Roncou . . . roncou
. . . roncou . . .
A tartaruga muito
lentamente passou . . . e ganhou a corrida.
Dizem que até hoje
Dona Lebre corre muito porque tem medo de que a tartaruga corte suas orelhas.
moral da história:
Paciência vale mais do que pressa.
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A CIGARRA E A
FORMIGA
A cigarra é uma
grande cantora e passou o verão todo cantando lindas canções no alto de uma
árvore.
Ficava o dia inteiro
cantando e olhando as formigas trabalharem sem parar.
O verão passou. O inverno chegou.
A cigarra, com frio,
fome e tossindo muito, um dia bateu na porta da casa da formiga.
A formiga olhou por uma fresta e perguntou:
- Quem é você? Por
que está tão suja e gripada?
-E u sou a cigarra
que mora no alto da árvore, cantei o verão todinho e agora não tenho comida nem
casa para me abrigar do vento e do frio.
- Ah, cantava? Pois
agora dance!
A cigarra ia
saindo entristecida, quando a formiga chamou.
- Puxa vida! Então
era você que ficava alegrando nossas vidas enquanto trabalhávamos? - disse a
formiga.
- Sim, era eu mesma
- disse chorando, a cigarra.
- Então está bem,
fique morando aqui até o tempo ficar bom.
A cigarra sarou e
continuou a cantar, alegrando a vida de toda a bicharada da floresta.
moral da história:
Deve-se prever sempre o dia de amanhã.
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O MÁGICO E O CAMUNDONGO
Diz uma antiga
fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.
Um mágico teve pena
dele e o transformou em gato.
Mas aí ele ficou com
medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.
Então ele começou a
temer os caçadores.
Nessa altura o
mágico desistiu. Transformou-o em camundongo
novamente e disse:
- Nada que eu faça
por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É
preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.
Mas saiba que
coragem não é a ausência do medo; é sim, a capacidade de avançar, apesar do medo;
caminhar para frente e enfrentar as adversidades, vencendo os medos...
É isto que devemos
fazer.
moral da história:
Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.
Assim, jamais
chegaremos aos lugares que tanto almejamos em nossas vidas.. .
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A OSTRA E O
CARANGUEJO
Uma ostra estava
apaixonada pela lua.
Quando seu grande
disco de prata aparecia no céu, ela passava horas a fio, com as conchas
abertas, olhando para ela.
Certo dia um
caranguejo percebeu que a ostra se abria durante a lua cheia e pensou em comê-la. A noite
seguinte, quando a ostra se abriu, o malvado caranguejo jogou uma pedra dentro
dela.
Nesse momento, a
ostra tentou se fechar, mas a pedra a impediu.
Então o astuto
caranguejo saiu de seu esconderijo, abriu suas pinças afiadas e quase comeu a
ostra inocente, se não fosse um tubarão que apareceu das profundezas para
assustá-lo.
Pois é exatamente
isso o que acontece com quem abre muito a boca para divulgar seus segredos.
Sempre existe algum ouvido querendo se apoderar deles.