terça-feira, 18 de novembro de 2014

FÁBULAS

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FÁBULAS

A raposa e o galo
  A raposa encontrou o galo e lhe propôs uma aposta:
    - Compadre, vamos ver quem passa mais tempo com os olhos fechados?
    - Vamos! - topou o galo.
    Então a raposa fechou os olhos, e o galo fechou um e deixou o outro aberto.
    A raposa, que estava procurando um momento para abocanhar o galo, abriu os olhos e o viu com um olho fechado e outro aberto. Reclamou:
    - Compadre galo, é pra fechar os dois olhos!
    - Não, comadre raposa! Com amigo incerto é um olho fechado e outro aberto!...
    MORAL: "Com amigo incerto é um olho fechado e outro aberto!..."
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O CÃO E SEU REFLEXO
  Um cão estava se sentindo muito orgulhoso de si mesmo. Achara um enorme pedaço de carne e a levava na boca, pretendendo devorá-lo em paz em algum lugar.
          Ele chegou a um curso rio e começou a cruzar a estreita ponte que o levava para o outro lado. De repente, parou e olhou para baixo. Na superfície da água, viu seu próprio reflexo brilhando.
         O cão não se deu conta que estava olhando para si mesmo. Julgou estar vendo outro cão com um pedaço de carne na boca.
          Opa! Aquele pedaço de carne é maior que o meu, pensou ele. Vou pegá-lo e correr.  Dito e feito. Largou seu pedaço de carne para pegar o que estava na boca do outro cão. Naturalmente, seu pedaço caiu n`água e foi parar bem no fundo, deixando-o sem nada.
          MORAL: Quem tudo quer tudo perde.
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O Lobo e o Cordeiro
Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.
- Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo - disse o lobo, que estava alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.
- Senhor - respondeu o cordeiro - não precisa ficar com raiva porque eu não estou sujando nada. Bebo aqui, uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando.
- Você agita a água - continuou o lobo ameaçador - e sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu ainda não tinha nascido.
O lobo pensou um pouco e disse:
- se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo.
- Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho único.
- Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue.
Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro,agarrou-o com os dentes e o levou para comer num lugar mais sossegado.
    MORAL: A razão do mais forte é sempre a melhor.
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                                               Os  dois sapos
Numa empresa de laticínios, dois sapos desastradamente saltaram para dentro de um balde de leite cremoso.
- É melhor desistir. - coaxou um dos sapos, depois de tentar em vão, sair do balde. - Vamos morrer!
- Continua a nadar. - disse o segundo sapo. - Havemos de encontrar maneira de sair deste atoleiro!
- Não adianta! - disse o primeiro. - Isto é grosso demais para nadar, mole demais para saltar e escorregadio demais para rastejar. Um dia temos mesmo de morrer, por isso, tanto faz que seja esta noite.
Afundou-se no balde e acabou por morrer.
O amigo porem, continuou a nadar, a nadar, a nadar, e quando amanheceu, viu-se encarrapitado num monte de manteiga que ele, sozinho, havia batido.
Lá estava o sapo, com um sorriso, comendo as moscas que enxameavam, vindas de todas as direções.
           Moral: Não há conquista sem luta...
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A Lebre e a Tartaruga
A lebre estava se vangloriando de sua rapidez, perante os outros animais:
- Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.
- Aceito o desafio! Disse a tartaruga calmamente.
- Isto parece brincadeira. Poderi dançar à sua volta, por todo o caminho, respondeu a lebre.
- Guarde sua presunção até ver quem ganha. recomendou a tartaruga.
A um sinal dado pelos outros animais, as duas partiram. A lebre saiu a toda velocidade. Mais adiante, para demonstrar seu desprezo pela rival, deitou-se e tirou uma soneca.
A tartaruga continuou avançando, com muita perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não teve tempo de correr, para chegar primeiro. 
     moral: Com perseverança, tudo se alcança
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                                    A Gansa que Punha Ovos de Ouro
"Um homem possuía uma gansa que, toda manhã, punha um ovo de ouro. Vendendo estes ovos preciosos, ele estava acumulando uma grande fortuna. Quanto mais rico ficava, porém, mais avarento se tornava. Começou a achar que um ovo só, por dia, era pouco.
"Porque não põe dois ovos, quatro ou cinco?" pensava ele. "Provavelmente, se eu abrir a barriga desta ave, encontrarei uma centena de ovos e viverei como um nababo". Assim pensando, matou a gansa abriu-lhe a barriga e, naturalmente, nada encontrou."
moral: Quem tudo quer, tudo perde
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A raposa e as uvas
Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravam, muito alto, em cima de sua cabeça. A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas mas,por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:- Estão verdes . . .
Moral: É  fácil desdenhar daquilo que não se alcança.
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A raposa e a máscara
Um dia uma raposa entrou na casa de um ator e encontrou uma linda máscara no meio de uma pilha de objetos usados no teatro. Encostando a pata na máscara, disse:
- Que belo rosto temos aqui! Pena que não tenha cérebro.
Moral: Uma bela aparência não substitui o valor do espírito.
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O gato, o galo e o ratinho
Um ratinho vivia num buraco com sua mãe. depois de sair sozinho pela primeira vez, contou a ela:
- Mãe, você não imagina os bichos estranhos que encontrei! Um era bonito e delicado, tinha um pêlo muito macio e um rabo elegante, um rabo que se movia formando ondas. O outro era um monstro horrível! No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha pedaços de carne crua, que balançavam quando ele andava. De repente os lados do corpo dele se sacudiram e ele deu um grito apavorante. Fiquei com tanto medo que fugi correndo, bem na hora que ia conversar um pouco com o simpático.
- Ah, meu filho! – respondeu a mãe. – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o outro era um gato feroz, que num segundo teria te devorado.
Moral: Jamais confie nas aparências.
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A cigarra e as formigas
Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de trigo. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado completamente molhados. De repente aparece uma cigarra:
- Por favor, formiguinhas, me dêem um pouco de trigo! Estou com uma fome danada, acho que vou morrer.
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os princípios delas, e perguntaram:
- Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
- Para falar a verdade, não tive tempo – respondeu a cigarra. – Passei o verão cantando!
- Bom... Se você passou o verão cantando, que tal passar o inverno dançando? – disseram as formigas, e voltaram para o trabalho dando risada.
Moral: Os preguiçosos colhem o que merecem.
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O leão e o mosquito
Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima.
-Você está achando que vou ficar com medo de você só porque você pensa que é rei? – disse ele altivo, e em seguida voou para o leão e deu uma picada ardida no seu focinho.
Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que consegui foi arranhar-se com as próprias garras. O mosquito continuou picando o leão, que começou a urrar como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto de feridas provocadas por seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu. O mosquito foi embora zumbindo para contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou direto numa teia de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma aranha minúscula.
Moral: muitas vezes o menor de nossos inimigos é o mais temível.

O galo e a raposa
O galo cacarejava em cima de uma árvore. Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma estratégia para que ele descesse e fosse o prato principal de seu almoço.
-Você já ficou sabendo da grande novidade, galo? – perguntou a raposa.
-Não. Que novidade é essa?
-Acaba de ser assinada uma proclamação de paz entre todos os bichos da terra, da água e do ar. De hoje em diante, ninguém persegue mais ninguém. No reino animal haverá apenas paz, harmonia e amor.
-Isso parece inacreditável! – comentou o galo.
-Vamos, desça da árvore que eu lhe darei mais detalhes sobre o assunto – disse a raposa.
O galo, que de bobo não tinha nada, desconfiou que tudo não passava de um estratagema da raposa. Então, fingiu estar vendo alguém se aproximando.
-Quem vem lá? Quem vem lá? – perguntou a raposa curiosa.
-Uma matilha de cães de caça – respondeu o galo.
-Bem...nesse caso é melhor eu me apressar – desculpou-se a raposa.
-O que é isso, raposa? Você está com medo? Se a tal proclamação está mesmo em vigor, não há nada a temer. Os cães de caça não vão atacá-la como costumava fazer.
-Talvez  eles ainda não saibam da proclamação. Adeusinho!
E lá se foi a raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra presa para o seu almoço.
Moral: é preciso ter cuidado com amizades repentinas.
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A raposa e o corvo
Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa. Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo. Com esta idéia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:
-Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro "Cróóó!" . O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
-Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é inteligência!
Moral: cuidado com quem muito elogia.
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O sapo e o boi
Há muito, muito tempo existiu um boi imponente. Um dia o boi estava dando seu passeio da tarde quando um pobre sapo todo mal vestido olhou para ele e ficou maravilhado. Cheio de inveja daquele boi que parecia o dono do mundo, o sapo chamou os amigos.
– Olhem só o tamanho do sujeito! Até que ele é elegante, mas grande coisa; se eu quisesse também era.
Dizendo isso o sapo começou a estufar a barriga e em pouco tempo já estava com o dobro do seu tamanho normal.
– Já estou grande que nem ele? – perguntou aos outros sapos.
– Não, ainda está longe!- responderam os amigos.
O sapo se estufou mais um pouco e repetiu a pergunta.
– Não – disseram de novo os outros sapos -, e é melhor você parar com isso porque senão vai acabar se machucando.
Mas era tanta vontade do sapo de imitar o boi que ele continuou se estufando, estufando, estufando – até estourar.
Moral: Seja sempre você mesmo.
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A cegonha e a raposa
  Um dia a raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para um jantar. Mas preparou para a amiga uma porção de comidas moles, líquidas, que ela servia sobre uma pedra lisa.
    Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforçasse só conseguia bicar a comida, machucando seu bico e não comendo nada. A raposa insistia para que a cegonha comesse, mas ela não conseguia, e acabou indo para casa com fome.
    Então, a cegonha, em outra ocasião, convidou a raposa para jantar com ela.
    Preparou comidas cheirosas e colocou em vasos compridos e altos, onde seu bico entrava com facilidade, mas o focinho da raposa não alcançava. Foi a vez da raposa voltar para casa desapontada e faminta.
 MORAL: "Não faça aos outros o que não quer que lhe façam."
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O ratinho, o gato e o galo
  Certa manhã um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Queria conhecer o mundo e travar relações com tanta coisa bonita de que falavam seus amigos.
    Admirou a luz do sol, o verdor das árvores, a correnteza dos ribeirões, a habitação dos homens. E acabou penetrando no quintal de uma casa da roça.
    - Sim senhor! É interessante isto!
    Examinou tudo minuciosamente, farejou a tulha de milho e a estrebaria. Em seguida notou no terreiro um certo animal de belo pêlo que dormia sossegado ao sol. Aproximou-se dele e farejou-o sem receio nenhum.
    Nisto aparece um galo, que bate as asas e canta.
    O ratinho por um triz que não morreu de susto. Arrepiou-se todo e disparou como um raio para a toca. Lá contou à mamãe as aventuras do passeio.
    - Observei muita coisa interessante - disse ele - mas nada me impressionou tanto como dois animais que vi no terreiro. Um, de pêlo macio e ar bondoso, seduziu-me logo. Devia ser um desses bons amigos da nossa gente, e lamentei que estivesse a dormir, impedindo-me assim de cumprimentá-lo.
    O outro... Ai, que ainda me bate o coração! O outro era um bicho feroz, de penas amarelas, bico pontudo, crista vermelha, e aspecto ameaçador. Bateu as asas barulhentamente, abriu o bico e soltou um có-ri-có-có tamanho que quase cai de costas. Fugi. Fugi com quantas pernas tinha, percebendo que devia ser o famoso gato que tamanha destruição faz no nosso povo.
    A mamãe-rata assustou e disse:
    - Como te enganas, meu filho! O bicho de pêlo macio e ar bondoso é que é o terrível gato. O outro, barulhento e espaventado, de olhar feroz e crista rubra, o outro, filhinho, é o galo, uma ave que nunca nos fez mal nenhum. As aparências enganam. Aproveita, pois, a lição e fica sabendo que - quem vê cara não vê coração.
Monteiro Lobato
 MORAL: "Quem vê cara não vê coração."
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O pintassilgo
  Ao voltar para o ninho, trazendo no bico uma minhoca, o pintassilgo não encontrou seus filhotes. Alguém os havia levado embora durante sua ausência.
    Começou a procurá-los por toda parte, chorando e gritando. A floresta inteira ecoava seus gritos, mas ninguém respondia.
    Dia e noite, sem comer nem dormir, o pintassilgo procurou seus filhotes, examinando todas as árvores e olhando dentro de todos os ninhos.
    Certo dia um pássaro lhe disse:
    - Acho que vi seus filhotes na casa do fazendeiro.
    O pintassilgo voou, cheio de esperança, e logo chegou à casa do fazendeiro. Pousou no telhado, mas lá não havia ninguém. Voou para o pátio - ninguém.
    Então, levantando a cabeça, viu uma gaiola pendurada do lado de fora de uma janela. Os filhotes estavam presos lá dentro.
    Ao verem a mãe subindo pela grade da gaiola, os filhotes começaram a piar, suplicando-lhe que os libertasse. O pintassilgo tentou quebrar as grades com o bico e com as patas, mas foi em vão.
    Em seguida, com um grito de grande tristeza, voou novamente para a floresta.
    No dia seguinte o pintassilgo voltou para junto da gaiola dentro da qual seus filhotes estavam presos. Fitou-os longamente, com o coração carregado de tristeza. Em seguida alimentou-os um a um, através das grades, pela última vez.
Levara-lhes uma erva venenosa, e os passarinhos morreram.
    - Antes a morte - disse o pintassilgo - do que perder a liberdade.
Leonardo da Vinci
MORAL: "Antes a morte do que perder a liberdade."
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O jabuti e a onça
     Certa vez, o jabuti pegou a sua gaita e tocou assim:
    - O osso da onça é a minha gaita, ih, ih, ih,...
    A onça, que passava por perto, ficou irritada e correu para pegá-lo. Mas o jabuti meteu-se num buraco adentro e a onça só conseguiu agarrar-lhe a perna.
    O jabuti deu uma risada e disse:
    - Pensa que agarrou minha perna? Agarrou foi uma raiz de pau!
    A onça largou então a perna do jabuti, que deu uma segunda risada:
    - Ora, dona onça, de fato você agora soltou a minha perna.
    A grande tola, ao saber disto, ficou furiosa e durante muito tempo esperou o jabuti sair. Mas o jabuti, que era muito paciente, foi ficando, foi ficando, até a onça desistir e ir embora.
MORAL: "A inteligência vence a força"
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A coruja e a águia
  Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
    - Basta de guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
    - Perfeitamente - respondeu a águia. - Também eu não quero outra coisa.
    - Nesse caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
    - Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes?
    - Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheio de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
    - Está feito! - concluiu a águia.
    Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
    - Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
    E comeu-os.
    Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
    - Quê? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
 MORAL: "Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai.” 
Já diz o ditado: ”Quem o feio ama, bonito lhe parece."
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O velho galo e a raposa
    Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: "Deixa estar, seu malandro, que já te curo!..." E em voz alta:
    - Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos agora andam aos beijos, como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
    - Muito bem! - exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, deslealdades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
    Ao ouvir falar em cachorro dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
    - Infelizmente, amigo Có-ri-có-có, tenho presa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
    E raspou-se.
    MORAL: "Contra esperteza, esperteza e meia."
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O astrônomo
    Um astrônomo tinha o costume de passear todas as noites, estudando os astros. Um dia em que vagava por fora da cidade, distraído na contemplação do céu, caiu sem querer num buraco. Ele reclamou um pouco e depois começou a gritar por socorro. Por sorte, um homem passou por ali e aproximou-se para saber o que tinha acontecido. Informado dos fatos, disse:
        - Meu amigo! Você quer ver o que existe no céu e não vê o que existe na Terra?
   MORAL: "Tudo bem em olhar e conhecer ao nosso redor, mas antes, temos que saber onde estamos parados."
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Lição de esperteza
    Um dia um pica-pau, depois de muito voar, sentiu sede.
    Pousou em um telhado, olhou em volta, e não viu nem sombra de água. Cansado e sedento como estava, já se preparava para voar, quando viu uma garrafa cheia de água na varanda de uma casa próxima. Quando foi bebe - que decepção! A água só chegava até o gargalo e seu bico pequenino não chegava até ela.
    Pôs-se a dar bicadas na garrafa para fazer um buraquinho, mas em vão, pois, o vidro era mais duro do que o seu bico. Tentou, então, tombar a garrafa, entornar a água, mas a garrafa era muito pesada. Desistiu de tudo e encarapitou-se no corrimão da varanda para pensar um meio melhor. O pica-pau era teimoso, quando queria uma coisa queria mesmo...
    Começou a pensar, a pensar... De repente, bateu as asas de contente: tinha achado a solução para o problema. E pôs-se a executá-la. Apanhou com o bico uma pedrinha no chão e deixou-a cair dentro da garrafa; voltou a apanhar outra, logo apanhou a terceira e, assim, continuou deixando cair pedrinhas dentro da garrafa. A água foi subindo, subindo, até que chegou à boca. Então, o pica-pau pôde beber à vontade.
 MORAL: "Paciência e raciocínio tudo vencem."
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A raposa  e o javali
Estava  um Javali na floresta a afiar os dentes numa árvore, quando apareceu uma Raposa. Vendo o que o Javali estava a fazer, perguntou-lhe:
- Por que estás a afiar os dentes? Os caçadores não saíram hoje e não vejo outro perigo por perto.
- É verdade, minha amiga - respondeu o Javali. - Mas, no momento em que a minha vida correr perigo preciso de usar os dentes e, então, será tarde demais para os afiar.
Moral da história: Prepara-te para as dificuldades.
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A formiga e a pomba
Uma Formiga foi à margem do rio para beber água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma Pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto dela. A Formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da Pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e, isso deu chance para que a Pomba voasse para longe a salvo. Moral da História:  Quem é grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.
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O carvalho e os juncos
Um grande carvalho foi arrancado do chão pela ventania e arrastado por forte correnteza. Então dentro da água ele se viu no meio de alguns Juncos, e, assim lhes falou:
- Gostaria de ser como vocês que de tão esguios e frágeis não são de modo algum afetados por estes fortes ventos.
Eles responderam:
- Você lutou e competiu com o vento, e, consequentemente foi destruído. Nós, ao contrário, nos curvamos diante do mais leve sopro de ar, e, por esta razão permanecemos inteiros e a salvo.
Moral da História: Para vencermos o mais forte, não devemos usar a força e sim a gentileza e a humildade.
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O filhote de cervo e sua mãe
Certa vez um jovem Cervo conversava com sua mãe:
- Mãe você é maior que um Lobo, é também mais veloz e possui chifres poderosos para se defender, por que então você os teme tanto?
A Mãe amargamente sorriu e disse:
- Tudo que você falou é verdade meu filho, mesmo assim quando eu escuto um simples latido de Lobo, me sinto fraca e só penso em correr o mais que puder.
Moral da História:  Para a maioria das pessoas, é mais cômodo conviver com seus medos e fraquezas, mesmo sabendo que podem superá-los.
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  Um asno em pele de leão

Um Asno, tendo colocado sobre seu corpo uma pele de Leão, vagou pela floresta e divertia-se com o pavor dos animais que ia encontrando pelo seu caminho.
Por fim encontrou uma Raposa, e, ele tentou amedrontá-la também. Mas Raposa tão logo escutou o som de sua voz, exclamou:
- Eu provavelmente teria me assustado, se antes não tivesse escutado seu zurro.
Moral da História:  Um tolo pode se esconder com belas roupas, mas suas palavras dirão a todos quem na verdade é.
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O galo e a pedra preciosa

Um Galo que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas encontrou uma pedra preciosa de grande beleza e valor, ao que exclamou:
- Se seu dono tivesse te encontrado ao invés de mim, ele com certeza iria dançar e pular de alegria e também decerto iria te louvar; no entanto eu te achei e de nada me serves. Teria preferido achar um simples grão de milho que todas as jóias do MUNDO!
Moral da História:  A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
Colei estas fábulas em cartolina, encapei com plástico para que os alunos possam manuseá-las sem amassar ou rasgar. Eles fazem leitura silenciosa, oral, em dupla. Peço também para tentem identificar um outra moral na história,  que escrevam  um novo final.
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A GANSA DOS OVOS DE OURO

Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua gansa tinha posto um ovo de ouro. Apanhou o ovo, correu para casa, mostrou-o à mulher, dizendo:
_ Veja! Estamos ricos!
Levou o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.
Na manhã seguinte, a gansa tinha posto outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu a melhor preço. E assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava o fazendeiro, mais dinheiro queria. E pensou:
"Se esta gansa põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!"
Matou a gansa e, por dentro, a gansa era igual a qualquer outra.
Moral da História:  Quem tudo quer tudo perde.
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A LEITEIRA E O BALDE

Uma leiteira ia a caminho do mercado. Na cabeça, levava um grande balde de leite. Enquanto andava, ia pensando no dinheiro que ganharia com a venda do leite:
- Comprarei umas galinhas. As galinhas botarão ovos todos os dias. Venderei os ovos a bom preço. Com o dinheiro dos ovos, comprarei uma saia e um chapéu novos. De que cor?
Verde, tudo verde, que é a cor que me assenta bem. Irei ao mercado de vestido novo. Os rapazes me admirarão, me acompanharão, me dirão galanteios, e eu sacudirei a cabeça ... assim! . . .
E sacudiu a cabeça. O balde caiu no chão e o leite todo espalhou-se. A leiteira voltou com o balde vazio.
MORAL DA HISTÓRIA: Não se deve contar hoje com o lucros de amanhã!
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O CERVO E O LEÃO

Num belo dia de verão, um cervo chegou até junto a um regato, para beber. Quando inclinou a cabeça, viu na água a própria imagem e exclamou, orgulhoso:
- Oh, como eu sou bonito e que bonitos são meus chifres!
Aproximou-se mais e viu o reflexo das próprias pernas dentro da água:
- Mas como são finas as minhas pernas . . . - observou com tristeza.
Nesse momento surgiu um leão que saltou sobre o cervo.
O cervo disparou pela campina, com tanta velocidade que o leão não podia pegá-lo. Aí, o cervo entrou por dentro da floresta e logo os seus chifres se embaraçaram nos galhos das árvores. Em poucos instantes o leão saltava sobre o prisioneiro.
- Ai de mim! - gemeu o cervo. - Senti orgulho de meus chifres e desprezei minhas pernas . . . no entanto, estas me salvariam e estes causaram minha perda . . .
MORAL DA HISTÓRIA: "Muitas vezes desdenhamos do que temos de melhor."
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O GALO E A JÓIA

Um galo estava ciscando no terreiro e, no meio da suja poeira, encontrou uma jóia.
-Ah - disse, triste, o galo - como ficaria feliz o meu dono se encontrasse esta jóia! Para mim, porém, ela é completamente inútil; eu preferiria ter achado um sabugo de milho . . .
Moral da história: O que para uns tem valor, para outros nada vale.
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O CORVO E O JARRO

Um corvo morria de sede e se aproximou de um jarro, que uma vez vira cheio d'água. Mas, desapontado, verificou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la com o bico. Tentou derramar o jarro mas era impossível: o jarro era pesado demais.
De repente, viu ali perto um monte de bolas de gude. Apanhou com o bico uma das bolas e jogou dentro do jarro. Depois outra. E outra mais. E outra. E a cada bola que jogava, a água subia. Jogou tantas bolas dentro do jarro que a água subiu-lhe até o gargalo. E o corvo pode beber.
MORAL DA HISTÓRIA: Onde a força falha, a inteligência vence.
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O PESCADOR E O PEIXE

Um pescador estava pescando e, depois de horas de pescaria, conseguiu apanhar um peixe muito pequeno. O peixinho lhe disse:
- Poupe minha vida e jogue-me de novo no mar. Dentro de pouco tempo, estarei crescido e você poderá pescar um peixe grande!
O pescador respondeu:
- Eu seria um tolo se te soltasse por uma pescaria incerta . . .
moral da história: Mais vale a certeza de hoje do que a incerteza de amanhã.
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O CONSELHO DOS CAMUNDONGOS

Um dia os camundongos se reuniram para decidir a melhor maneira de lutar contra o inimigo comum, o gato. Discutiram horas seguidas, sem encontrar um bom plano.
Afinal, um ratinho pediu a palavra e falou:
- Sabemos que o grande perigo é quando o gato se aproxima tão mansamente que não percebemos sua presença. Proponho que se coloque um guizo no pescoço do gato. graças ao barulho do guizo, saberemos da aproximação do gato, e teremos tempo para fugir.
Todos aplaudiram a idéia brilhante. Mas um ratinho mais experimentado pediu também a palavra e disse:
- A idéia é muito boa. Mas que vai pendurar o guizo no pescoço do gato?
moral da história: É mais fácil falar do que fazer.
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 O PASTORZINHO E O LOBO

Todos os dias, um jovem pastor levava um rebanho de ovelhas às montanhas perto da aldeia. Um dia, por brincadeira, ele correu de lá de cima gritando:
- Um lobo! Um lobo!
Os HABITANTES da aldeia trataram de apanhar pedaços de pau para caçar o lobo. E encontraram o pastorzinho às gargalhadas, dizendo:
- Eu só queria brincar com vocês!
E, vendo que a brincadeira realmente assustava os aldeões, gritou no dia seguinte:
- Um lobo!
E novamente os moradores da aldeia trataram de apanhar suas armas de madeira.
Tantas vezes o fez que a gente da aldeia não prestava mais atenção aos seus gritos. Mais uns dias e ele volta a gritar:
- Um lobo! Um lobo! Socorram-me!
Um dos homens disse aos outros:
- Já não acredito. Ele não nos engana mais.
E era de fato um lobo, que dizimou todo o rebanho do pastorzinho.
moral da história: Ninguém acredita num mentiroso, mesmo quando ele diz a verdade.
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AS LEBRES E AS RÃS

As lebres, animais tímidos por natureza, se sentiam oprimidas por causa da sua excessiva timidez, e cansadas de viverem em constante alerta, temendo a tudo e a todos, o tempo todo.
Em comum acordo resolveram por fim as suas vidas e a todos os seus problemas, saltando do alto de um penhasco, para as águas profundas de um lago abaixo.
Assim que elas correram, todas de uma só vez, para colocar em prática sua decisão, as Rãs que repousavam nas margens do lago escutaram o barulho dos seus pés, e desesperadas e tomadas de pânico, fugiram para o fundo da água em busca de segurança.
Ao ver o desespero das ãs em fuga, uma das ebres, rogou aos seus companheiros:
- Fiquem meus amigos, não façam isso que estão pretendendo, vimos agora que existem criaturas que vivem mais aterrorizadas que nós.
Moral a istória: É uma grande ilusão e egoísmo, acharmos que nossos problemas são os maiores do mundo e que, apenas nós os temos.
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A LEBRE E A TARTARUGA

A lebre, muito gabola, vivia contando para todos que era o animal mais veloz do mundo. Por isso gostava da apostar corridas.
Dona Lebre já tinha nas corridas um casaco de peles da onça malhada e um pote de mel do amigo urso.
- Olhem só! Outro dia fiz uma corrida com o Sol e ganhei fácil. Ele até se escondeu, todo envergonhado, atrás de uma nuvem - disse a lebre.
- Corto minhas orelhas se alguém ganhar de mim. Desafio todos os animais da floresta - disse novamente a lebre.
A tartaruga, muito calma, aceito o desafio:
- Aceito e darei a você a minha casa se eu perder.
O corredores dariam a volta ao redor da Floresta Encantada, voltando ao ponto de partida.
Partiram. A lebre correu como o vento e a tartaruga saiu lentamente.
Depois de algum tempo a lebre olhou para trás e, vendo que a tartaruga estava muito longe, resolveu tirar uma soneca.
Roncou . . . roncou . . . roncou . . .
A tartaruga muito lentamente passou . . . e ganhou a corrida.
Dizem que até hoje Dona Lebre corre muito porque tem medo de que a tartaruga corte suas orelhas.
moral da história: Paciência vale mais do que pressa.
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A CIGARRA E A FORMIGA

A cigarra é uma grande cantora e passou o verão todo cantando lindas canções no alto de uma árvore.
Ficava o dia inteiro cantando e olhando as formigas trabalharem sem parar.
O verão passou.  O inverno chegou.
A cigarra, com frio, fome e tossindo muito, um dia bateu na porta da casa da formiga.
A  formiga olhou por uma fresta e perguntou:
- Quem é você? Por que está tão suja e gripada?
-E u sou a cigarra que mora no alto da árvore, cantei o verão todinho e agora não tenho comida nem casa para me abrigar do vento e do frio.
- Ah, cantava? Pois agora dance!
A cigarra ia saindo entristecida, quando a formiga chamou.
- Puxa vida! Então era você que ficava alegrando nossas vidas enquanto trabalhávamos? - disse a formiga.
- Sim, era eu mesma - disse chorando, a cigarra.
- Então está bem, fique morando aqui até o tempo ficar bom.
A cigarra sarou e continuou a cantar, alegrando a vida de toda a bicharada da floresta.
moral da história: Deve-se prever sempre o dia de amanhã.
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         O MÁGICO E O CAMUNDONGO

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.
Um mágico teve pena dele e o transformou em gato.
Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.
Então ele começou a temer os caçadores.
Nessa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo
novamente e disse:
- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.
Mas saiba que coragem não é a ausência do medo; é sim, a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente e enfrentar as adversidades, vencendo os medos...
É isto que devemos fazer.
moral da história: Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.
Assim, jamais chegaremos aos lugares que tanto almejamos em nossas vidas...
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A OSTRA E O CARANGUEJO

Uma ostra estava apaixonada pela lua.
Quando seu grande disco de prata aparecia no céu, ela passava horas a fio, com as conchas abertas, olhando para ela.
Certo dia um caranguejo percebeu que a ostra se abria durante a lua cheia e pensou em comê-la. A noite seguinte, quando a ostra se abriu, o malvado caranguejo jogou uma pedra dentro dela.
Nesse momento, a ostra tentou se fechar, mas a pedra a impediu.
Então o astuto caranguejo saiu de seu esconderijo, abriu suas pinças afiadas e quase comeu a ostra inocente, se não fosse um tubarão que apareceu das profundezas para assustá-lo.
Pois é exatamente isso o que acontece com quem abre muito a boca para divulgar seus segredos. Sempre existe algum ouvido querendo se apoderar deles.







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