ATIVIDADES COM NOMES
JOGOS DE PORTUGUÊS
Jogos
e brincadeiras para as aulas de Português
Atividades com o
crachá:
a) fazer uma
rodinha com as crianças. Colocar no centro todos os crachás. Pedir às crianças
que encontrem os seus crachás.
b) jogo de
memória de nomes: distribuir entre os grupos de alunos cartões com os
nomes de cada um repetido duas vezes. Cada criança vira dois cartões. Se
conseguir acertar, entrega ao seu dono.
c) colocar os
crachás sobre a mesa. Cada criança deverá encontrar o seu crachá e voltar
ao seu lugar.
d) Confeccionar
cartõezinhos com os nomes dos alunos, deixando faltar uma letra. Entregar e
pedir para cada aluno descobrir e escrever qual é a letra que falta.
e) O professor
entrega os crachás para os alunos. Depois, escreve no quadro uma letra e pergunta
quem tem esta letra em seu nome. Continuar com outras letras.
f) Perguntar para os
alunos quem tem quatro, cinco, seis, etc. letras no nome. Depois, pedir para
separar os crachás que tiverem a mesma quantidade de letras.
g) Colocar os crachás
em um varal. Deixar que cada criança pegue o seu.
h) Separar os crachás
que começam com a mesma letra.
i) Separar os crachás
por ordem alfabética.
j)
O professor escolhe o crachá de um aluno e vai dando pistas com as suas
características. Exemplo: é loiro, tem olhos azuis, é alto, etc. Depois que os
alunos descobrirem quem é, o professor mostrará o crachá.
l)
Distribuir entre os alunos os crachás trocados. Cada um deverá procurar o dono
do crachá.
m)
Quebra-cabeça com nomes e figuras. A criança deverá montá-lo formando a
figura e o nome.
n)
Cartela do nome: o professor entrega uma cartela com o seu nome. Ele
escreverá no quadro uma letra e perguntará: Quem tem estas letra? Marque um X
na cartela. O professor irá escrevendo outras letras e os alunos irão marcando
na cartela. Vence quem completar a cartela primeiro.
Variação:
O
professor poderá colocar letras do alfabeto numa sacolinha e vai sorteando as
letras.
o)
Quero ver quem é esperto: as crianças devem estar assentadas em uma
grande roda. O professor, à medida que vai cantando a música com os alunos, vai
jogando no centro da roda seis ou sete fichas com nomes deles. Ao final do
canto, os alunos cujos nomes estão na ficha deverão se levantar, pegá-las e
colocá-las à sua frente, no chão com o nome para cima. O aluno que se distrair
e não pegar a ficha pagará uma prenda no final da brincadeira. Feito isso
com todas as crianças, o professor poderá propor adivinhações para que os
alunos identifiquem os nomes, levantando o crachá.
Exemplo:
·
Quem tem o nome com quatro letras?
·
Qual é o nome que começa com P?
·
Qual é o nome que começa com o pedacinho LA?
·
Qual desses nomes é o maior? E o menor?
MÚSICA:
quero ver quem é esperto
E na roda vai entrar
Atenção agora aos nomes
Que no centro vou jogar.
(Música: Ciranda Cirandinha)
p)
Do meu nome surgem outros nomes: a turma será dividida em grupos de
quatro alunos, cada um com seu envelope com o alfabeto móvel. Cada aluno deverá
retirar as fichas e armá-las na carteira, formando o seu nome, no sentido
vertical. Depois, usando outras fichas, eles poderão formar outros nomes:
dos colegas do grupo, do professor, de objetos, de frutas, animais, em forma de
acróstico. Cabe ao professor observar os grupos na formação das palavras. O
professor escolherá a mais completa montagem de cada um dos grupos e trabalhará
na lousa, levando a turma a visualizar os nomes. Lerá com a turma o nome do
aluno primeiro e as palavras que se formam com cada letra daquele nome.
q)
Jogo voa borboleta: O professor entregará uma folha como o modelo abaixo
para o primeiro aluno de cada fileira. Esse deverá escrever o mais rápido
possível o nome de um colega e passa a folha ao colega de trás, dizendo “Voa
borboleta”. Esse por sua vez, escreverá outro nome e fará o mesmo até que a
folha chegue ao último de cada fileira. Após escrever o nome, o último aluno da
fileira deverá levar a folha, bem depressa e entregá-la ao professor. A fileira
que terminar primeiro ganhará ponto. O professor redistribui as folhas e a
brincadeira prossegue trocando-se as folhas de fileira.
Variação: Poderá ser
escolhido outro tema para a escrita, como nomes de pessoas que comecem por
determinada letra, nomes femininos, masculinos, nomes de partes do corpo,
flores, frutas, animais, etc.
r)
Dominó falado: Os alunos deverão sentar-se formando uma grande roda. O
professor inicia a brincadeira ou escolhe algum aluno para iniciar,
apresentando-se aos alunos: “Eu me chamo Cristiano.” O colega seguinte deverá
repetir o nome anterior e acrescentar o seu: “Ele se chama Cristiano e eu me
chamo Alex”. A brincadeira prossegue desta maneira até que todos os alunos se
apresentem.
A criança e os nomes próprios
Nada é
mais pessoal que nosso nome. É ele que nos identifica, faz com que sejamos
reconhecidos, define quem somos, e mesmo que esteja escondido atrás de um
apelido, sempre fará parte de nós.
A força
do nome nos acompanha é a nossa marca, é por ele que reconhecemos pessoas, nos
apresentamos nos lugares, assinamos nossos compromissos.
Essa
ligação tão forte que temos com o nome é que faz com que a criança veja sentido
em aprendê-lo e iniciar o desafio da aprendizagem.
A escrita
do nome parece ser uma peça chave para o início da compreensão e uma
oportunidade privilegiada de reflexão sobre o funcionamento do sistema de
escrita.
Tanto do
ponto de vista lingüístico quanto do gráfico, o nome próprio de cada criança é
um modelo estável, tem valor de verdade, dá muitas informações sobre a forma e
o valor sonoro convencional das letras, as quantidades necessárias para
escrever os nomes, a variedade e a posição das letras em uma escrita
convencional.
Como o
nome é de memorização rápida, permite a criança estabelecer relações e dá a ela
a primeira forma gráfica com estabilidade no processo de aquisição da língua
escrita.
Quando
escreve o próprio nome, a criança se identifica com ele, o reconhece
graficamente e usa-o como fonte de informação para a escrever outros nomes ou
palavras.
O nome
tem sentido para ela, tem um significado especial, carrega um grande valor
afetivo, atribui à criança ser pertencente a um lugar.
Além de
representar a criança como pessoa, o nome tem a função social de identificar
seus pertences, marcando sua presença e dando a ela a satisfação de pertencer a
um grupo.
Na sala de aula
O
trabalho com nomes em uma sala de aula é muito rico, pois ao propor aos alunos,
por exemplo, que façam uma lista de nomes, o professor está dando-lhes a
oportunidade de confrontarem dificuldades, selecionarem letras que já
identificam, compararem letras iguais, perceberem dificuldades ortográficas e
questionarem dúvidas do processo de aprendizagem.
Para se apropriar do processo de escrita a criança precisa construir respostas para duas questões:
Para se apropriar do processo de escrita a criança precisa construir respostas para duas questões:
- O que a
escrita representa?
- Qual a
estrutura do modo de representação da escrita?
A
criança, na fase inicial de sua alfabetização, não compreende a escrita como
representação da fala e sim como representação do objeto a que se refere. Por
isso a escrita do nome é de grande importância para a aquisição e compreensão
do sistema de escrita convencional.
As
atividades com nomes próprios precisam ir além da montagem de listas ou simples
reconhecimento de nomes de colegas ou familiares, é preciso que haja desafios
nas atividades para que ocorram situações de conflito quanto à aprendizagem.
A
situação de conflito é a oportunidade da interferência do professor, fornecendo
dados, questionando, transformando as dificuldades em erros construtivos,
levando ao caminho do desenvolvimento e domínio do sistema alfabético de
escrita.
Trabalho
com nomes em sala de aula
Podemos
citar algumas atividades para o trabalho com nomes em sala de aula como:
caça-palavras
com os nomes dos alunos da classe, cruzadinhas de nomes, bingo de nomes,
montagem de listas de nomes com alfabeto móvel, com ou sem modelo, organização
da lista de nomes em ordem alfabética, organização através da última letra,
organização de nomes de meninos ou de meninas, contagem de letras em cada nome
para comparações como quais têm mais ou menos letras, os que apresentam letras
repetidas, os que apresentam letras iguais às de outros nomes, organização de
listas pela quantidade de letras, iniciando do que tem mais para o que tem
menos letras ou vice-versa e muitas outras atividades.
A cada
nova descoberta da criança é preciso que se lance um novo desafio para que ela
sinta-se estimulada a continuar a busca pela informação.
As
dificuldades devem ser gradativas e possíveis de serem resolvidas para que a
criança não só se sinta desafiada como também capaz de soluções.
Numa
classe de desenvolvimento heterogêneo a formação de grupos produtivos enriquece
o aprendizado, crianças em fases parecidas de desenvolvimento, trabalhando
lado-a-lado, faz com que haja uma troca de idéias e possibilita o
desenvolvimento do conhecimento.
É preciso
que as atividades, para os que já apresentam algum conhecimento sobre o sistema
de escrita, apresentem maiores desafios, para isso uma atividade bastante
interessante é a criação de novos nomes usando as primeiras sílabas de um e as
últimas de outro, por exemplo:
MARTA e LAURA forma MAURA ou RICARDO e GUSTAVO forma RICARTAVO, ou
procurar nomes escondidos dentro de outros nomes
MARIANA – MARIA e ANA, ou JULIANA – JULIA e ANA, ou
ainda transformar nomes femininos em masculinos
PAULO – PAULA, ou
transformar nomes em seus diminutivos
CARLA – CARLINHA, ou
ainda transformá-los em plurais
PATRÍCIA – PATRÍCIAs.
Pode-se
trabalhar, com os que já apresentam algum conhecimento da escrita, a
brincadeira A QUEM PERTENCE?
O
objetivo é a identificação dos nomes próprios e a iniciação à leitura.
Material:
cartões contendo cada qual o nome de uma criança em letra maiúscula.
As
crianças recebem cada qual seu cartão, para aprender a reconhecer seu nome
escrito. Isso pode demorar algum tempo. Misturam-se depois os cartões em uma
caixa. Uma criança de cada vez retira um cartão. Todos observam e dizem a quem
pertence. Continua a brincadeira até que todos os carões sejam retirados e, à
medida que forem sendo reconhecidos, cada criança coloca o cartão com o seu
nome no peito.
As
possibilidades de atividades do trabalho com nomes são muito grandes, têm papel
significativo nas classes de alfabetização, porém a competência do professor é
fundamental para o desempenho do aluno, pois é ele quem deve propor atividades,
desafios e usar da intervenção, dos questionamentos, é preciso que o professor
entenda o que a criança pensa e o que vai construindo no processo de escrita,
para que a aprendizagem ocorra com sucesso.
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